AVALIAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR POR MEIO DA RELAÇÃO APOB/APOA-I E DA PCR-US EM JOVENS BRASILEIROS E AFRICANOS DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA DO CEARÁ.

Resumo

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no país evidenciando-se a importância em identificar os indivíduos assintomáticos mais predispostos. O objetivo do presente trabalho foi classificar o risco cardiovascular através da proteína C-reativa ultrassensível (PCR-US) e da relação ApoB/ApoA-I e fazer uma avaliação dos parâmetros bioquímicos, dados antropométricos e da capacidade antioxidante das partículas HDL em jovens universitários saudáveis africanos e brasileiros. As análises bioquímicas foram determinadas utilizando-se kits comerciais, a capacidade antioxidante das partículas de HDL pelo ensaio Lagtime e com relação aos dados antropométricos, medida da circunferência da cintura através de fita métrica, gordura corporal por bioimpedância, medida da estatura por estadiômetro portátil e massa corporal utilizando uma balança digital. Após análise estatística, verificou-se que os alunos brasileiros apresentaram valores maiores de IMC, CC, gordura corporal, concentração sérica de triglicerídeos, razão ApoB/ApoA-I, enquanto os africanos tinham concentração sérica mais elevada de HDL-c e ApoA-I, Os níveis de PCR-US não mostraram diferenças significativas entre os grupos. Após análise de regressão logística binária foi encontrado que os homens na amostral total tem mais chances de desenvolver moderado a alto risco que as mulheres, através daPCR-US: Odds Ratio 1.904 (IC95%: 1.152–3.146) e ApoB /ApoA-I: Odds Ratio 2.144 (IC95%: 1.343–3.424). Conclui-se que os parâmetros antropométricos e bioquímicos dos brasileiros, principalmente nos homens, os predispõem a maior risco para doenças cardiovasculares.