AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS LÍPIDICOS, ESTRESSE OXIDATIVO E GENOTÓXICIDADE DA EXPOSIÇÃO CRÔNICA POR METILMERCÚRIO EM CAMUNDONGOS C57BL/6J SELVAGENS E APOE NOCAUTES
Resumo
O metilmercúrio (MeHg) é a forma orgânica do mercúrio (Hg), um metal pesado conhecido por ser um dos poluentes ambientais mais perigosos. Além disso, a forma orgânica é capaz de ocasionar danos diretos e indiretos no DNA, afetando as vias de reparo do DNA, aumentando o estresse oxidativo e predispondo ao câncer. Foi utilizado um modelo eficaz para estudar o efeito do MeHg no metabolismo lipídico que foi o camundongo APOE nocaute, que apresenta dislipidemia e doença aterosclerótica. Portanto, o trabalho teve como objetivo avaliar os parâmetros lipídicos, estresse oxidativo e danos genotóxicos após a exposição crônica com MeHg em camundongos C57BL/6J selvagens (wild-type, WT) e APOE nocautes (knockout, Ko). A intoxicação mercurial foi comprovada pelo elevado nível de Hg no pelo de animais expostos (independente do background genético) em relação aos controles não intoxicados WT (p=0,008)/ APOE Ko (p=0,000). A intoxicação pelo MeHg foi capaz de elevar os níveis de colesterol total nos animais selvagens e APOE Ko em relação aos seus grupos controles WT (p=0,039)/ APOE Ko (p=0,000). Como esperado a intoxicação por MeHg elevou os níveis de peroxidação lipídica no fígado, independente do background genético (WT vs controle, p=0,009; APOE Ko vs controle, p=0,015). Em relação à expressão gênica, a intoxicação por MeHg reduziu a expressão dos genes XPC (WT vs controle, p=0,030); TERT (WT p=0,001 e APOE Ko p=0,026) em relação aos seus controles não intoxicados, genes estes envolvidos no reparo de DNA. Este estudo foi apoiado pelo Programa Nacional de Cooperação Acadêmica (PROCAD) e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XXXVIII Encontro de Iniciação Científica
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