AVALIAÇÃO IMUNOISTOQUÍMICA DE PTEN EM LESÕES POTENCIALMENTE MALIGNAS ORAIS

Autores

  • Michael Douglas da Silva Oliveira
  • Sthefane Gomes Feitosa
  • José Gean de Jesus Freires
  • Filipe Nobre Chaves
  • Thamara Manoela Marinho Bezerra
  • Karuza Maria Alves Pereira

Resumo

Lesões potencialmente malignas orais (LPMO) podem preceder ao desenvolvimento do câncer oral. Histologicamente, essas lesões podem apresentar graus de displasia epitelial oral (DEO). Estudos relacionados à carcinogênese oral têm buscando investigar as bases moleculares do desenvolvimento e da progressão tumoral. Nesse contexto, PTEN (“Phosphatase and tensin homologueˮ), o gene supressor tumoral da via PI3K/AKT/PTEN, umas das mais desreguladas no câncer, vem sendo estudado em neoplasias tentando entender seu envolvimento nesta. Assim, o objetivo dessa pesquisa foi analisar a expressão imunoistoquímica de PTEN em amostras de LPMO com DEO e de epitélio de mucosa oral normal (MON). Para isso, foram selecionados 20 casos de DEO e 05 de MON. Os espécimes foram submetidos à técnica imunoistoquímica da estreptavidina-biotina-peroxidase utilizando o anticorpo anti-PTEN, Abcam®, na diluição 1:400, overnight. As células imunopositivas para esses marcadores foram contadas, bem como avaliadas a localização e a intensidade da marcação, sendo expressas as médias ± EPM das contagens das células e dos histoscores calculados, os quais foram analisados pelo teste qui-quadrado de Pearson. Os dados foram expressos em frequência absoluta e comparados pelo teste Exato de Fisher ou Qui-quadrado de Pearson, adotando o nível de significância de p<0,05. Como resultados, a análise imunoistoquímica evidenciou imunomarcação citoplasmática e nuclear em DEOs e MONs em todas as amostras, entretanto sem diferença estatística. A imunomarcação nuclear foi maior nos controles quando comparado às DEOs, sem significância estatística. A menor imunomarcação citoplasmática correlacionou-se com o avanço das displasias (p=0,038). Assim, sugere-se que a imunoexpressão da proteína PTEN possa estar envolvida no processo de carcinogênese oral, porém mais estudos são necessários para melhor elucidar o real papel desta proteína nas DEO. Agradecimento aos órgãos de fomento: CNPQ E FUNCAP.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica