AVANÇO DA OCUPAÇÃO NA ZONA LITOR NEA DA CAPONGA: ANÁLISE E COMPARAÇÃO ENTRE OS ANOS 1989 A 2019.

Autores

  • Germana Batista do Nascimento
  • David Ribeiro Lino
  • Isabel Cristina da Silva AraÚjo

Resumo

A zona costeira tem sido ocupada, a princípio, de forma irregular e de maneira que as construções têm reduzido as áreas de manguezais e faixas de praias. Dessa maneira, é importante o monitoramento e a quantificação dos avanços das ocupações nas áreas costeiras, pois, ao observar a costa, ao longo do tempo, é possível fazer um prognóstico de tendências futuras de ocupação. Portanto, esta pesquisa analisou e comparou o processo de uso e ocupação da área litorânea da Caponga, localizada no município de Cascavel, no litoral leste do Ceará, utilizando imagens dos satélites TM/LandSat-5 e OLI/LandSat-8. Pretendeu-se: gerar mapas de uso e ocupação da área para os anos de 1989, 1999, 2009 e 2019; compará-los; quantificar a área de corpos hídricos, ocupação, vegetação e dunas em cada ano. Foram utilizados dados do portal de mapas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e imagens do catálogo do United States Geological Survey (USGS). Para alcançar os objetivos propostos, foram feitas classificações supervisionadas da área, utilizando o software ENVI e como algoritmo de classificação o (maximum likelihood). Neste algoritmo, cada pixel é classificado individualmente e agrupado em regiões de interesse propostas. Após a classificação, os dados foram processados no software QuantumGIS. A partir do processamento dos dados, foram gerados quatro mapas. Cada mapa com cinco classes definidas, uma a mais para preencher a área referente ao mar, sendo também contabilizada. Confere-se que as áreas ocupadas pela urbanização, antes com 35% passaram a 43%, cresceram em detrimento dos outros componentes. As áreas de dunas, corpos hídricos e vegetação que ocupavam em 1989, 8,6%, 6,2%, 49,2% respectivamente, diminuíram cerca de 4,3%, 3,5% e 4,8%, respectivamente. Ao compará-los é possível ver a evolução da ocupação urbana na área estudada, pode-se inferir que houve mudanças nos últimos 40 anos e que os elementos que mais perderam espaço foram as dunas e corpos hídricos.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica