BIOATIVOS ISOLADOS DA PLANTA ALOE VERA E POLISSACARÍDEOS DE COGUMELOS NA PREPARAÇÃO DE GÉIS COM POTENCIAL TERAPÊUTICO PARA USO TÓPICO

Autores

  • Ana Beatriz Nogueira Lima
  • Alan Queiroz de Souza Santos
  • Samille Sousa Maciel
  • Tamires Guedes dos Santos
  • Sandra de Aguiar Soares

Resumo

A Aloe vera produz um gel mucilaginoso, constituído de um mucopolissacarídeo, a acemanana, sendo responsável pela ação anti-inflamatória e cicatrizante. O presente trabalho objetiva preparar formulações contendo polissacarídeos da A. vera e dos cogumelos Agaricus brasiliensis e Lentinus edodes. Os polissacarídeos foram isolados da A. vera, através da metodologia de Eloy (2012) e Yang (1999) e os dos cogumelos, pelo método de Gonzaga (2006). Utilizou-se concentrações de 20% a 22% do copolímero Pluronics® F127. Foram caracterizados por Espectroscopia de Absorção na Região do Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR), Cromatografia de Permeação em Gel (GPC). Análise elementar dos polissacarídeos também foi realizada. Para a termorresponsividade dos géis, fez-se ensaios reológicos e se obteve os parâmetros relacionados a viscosidade (G’’) e elasticidade (G’) dos materiais, além do diagrama de fases. O antioxidante foi avaliado pelo ensaio do íon ferroso e a Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC) foi utilizada para avaliação física dos mesmos. O FTIR mostrou bandas típicas dos polissacarídeos. Os ensaios reológicos, com variações de tensão de cisalhamento, rampa de frequência, tempo e temperatura, mostraram que o G’ foi predominante em relação ao G’’, concordando com o diagrama de fases. O teste do íon ferroso foi inconclusivo para o potencial antioxidante dos materiais. O GPC mostrou alta polidispersividade dos polissacarídeos. Os teores de proteínas para A. brasiliensis foi de 10,074%, 4,4676% para o L. edodes, e 8,165% para A. vera. Os eventos no DSC foram associados às transições físicas que ocorrem nas amostras. Conclui-se que os géis têm comportamento viscoelástico de um gel estruturalmente forte, mantendo boa propriedade para uso tópico em um intervalo de temperatura que abrange a do corpo humano. A bioatividade conhecida dos polissacarídeos associada as características dos géis desse estudo sugerem o potencial dos mesmos para uso terapêutico.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica