CARACTERIZAÇÃO DE HÁBITOS ALIMENTARES DE INDIVÍDUOS COM DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR

Autores

  • Thaynara Domingos da Rocha
  • Tereza Nicolle Burgos Nunes
  • Karina Matthes de Freitas Pontes
  • Ana Karolina Reis Mendonça
  • Livia Maria Sales Pinto

Resumo

As Disfunções Temporomandibulares são condições clínicas que afetam os músculos mastigatórios e/ou a Articulação Temporomandibular, nas quais a dor e limitação funcional são sintomas comuns, afetando uma parcela significativa da população. Sabe-se que esta condição traz interferências na capacidade mastigatória, consequentemente os hábitos alimentares tornam-se alterados. No entanto, há uma escassez de dados sobre os impactos desta disfunção na ingestão de nutrientes e não se sabe se alterações dietéticas ao longo do tempo levam a mudanças no estado nutricional dos indivíduos. O objetivo do presente estudo foi avaliar a ingestão de nutrientes alimentares em mulheres com disfunção temporomandibular do subtipo muscular. Participaram 26 mulheres entre 18 e 55 anos que buscaram atendimento na clínica de dor orofacial da Universidade Federal do Ceará (UFC). Para avaliação da ingestão alimentar utilizou-se o diário alimentar e as análises dos itens: vitaminas (A, D, B1, B2, B6, B12. C) e minerais (folato, cálcio, fósforo, magnésio, ferro, zinco, cobre, iodo, selênio, manganês, potássio e sódio) foram realizadas. O software usado foi o Avanutri Online® e a análise teve como referência as estimativas para indivíduos saudáveis propostas pela Dietary Reference Intakes. A ingestão de vitaminas B5, B6, E, folato, cálcio, manganês e potássio apresentaram-se estatisticamente abaixo dos valores recomendados, por outro lado os nutrientes com médias acima dos níveis indicados incluem as vitaminas A, D, fósforo, ferro e cobre. Portanto, conclui-se que mulheres com dor disfunção temporomandibular tiveram variações consideráveis em relação aos valores nutricionais propostos para indivíduos saudáveis, fazendo-se necessário mais estudos clínicos que analisam o impacto da relação alimentar na cronificação da dor propiciando assim um efetivo manejo profissional clínico. Faz-se um agradecimento especial a UFC pelo financiamento da bolsa que viabilizou a realização dessa pesquisa.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica