CARACTERIZAÇÃO GEOMORFOLÓGICA DO BATÓLITO QUIXADÁ-QUIXERAMOBIM

Autores

  • Israel Salles Nogueira
  • Anna Sabrina Vidal de Souza
  • Rubson Pinheiro Maia

Resumo

O Batólito de Quixeramobim é um importante corpo plutônico localizado na região do sertão central cearense. Possui uma complexa gênese, com a presença de sete fácies graníticas, mostrando sua heterogeneidade e a importância de seu estudo detalhado. Dentro do contexto das depressões sertanejas, esses corpos granitoides, assim como em outros batólitos adjacentes, são frutos da cinemática do brasiliano. Nesse sentido, esse trabalho tem como intuito mostrar como a tectônica é um importante agente definidor dos relevos graníticos do brasiliano, especialmente dos batólitos do Estado do Ceará, e com o auxílio de ferramentas de sensoriamento remoto, tentar quantificar o grau de interferência desse evento tectônico na modelagem do relevo. A área de estudo se estende por todo batólito, como também em suas imediações, para tentar entender não só as movimentações internas do plúton, como também a interface entre a evolução da suíte granítica com as rochas encaixantes adjacentes, e assim entender os padrões de deformações das mesmas, tendo assim uma área de estudo de aproximadamente 20.000 Km². Os dados geológicos foram retirados da FOLHA QUIXERAMOBIM SB.24-V-D-III ESCALA 1:100.000 - UFC/CPRM – 2008, que engloba a área em sua totalidade. O método se mostrou bastante eficaz para realçar o controle estrutural omo também a complexidade das Geomorfologias do inselberg e seu padrão de distribuições espaciais, onde observa-se uma forte tendência a NE dos corpos graníticos ao longo das duas bordas do batólito, e sua geometria mais alongada ao longo do plano, que são delimitadas por duas zonas de cisalhamentos destrais sendo elas: Senador Pompeu e Quixeramobim. Já no meio do batólito, tais corpos apresentam uma distribuição mais caótica e inconstante. Concluímos então que é muito importante o estudo da morfotectonica para entender não só o atual relevo, como também o ambiente geológico que o gerou.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica