COMPOSIÇÃO EXPERIMENTAL GAM@: AUTONOMIA NO CUIDADO DE PESSOAS EM UM CAPS-AD EM FORTALEZA (CE)

Autores

  • Dejany Natalia Sousa Barros
  • Ricardo Pimentel Méllo
  • Tárcila Silva de Lima
  • Carolina Castro e Veras
  • Ricardo Pimentel Mello

Resumo

Este trabalho é desenvolvido no Núcleo de Estudos sobre Drogas (NUCED), pertencente ao Dep. de Psicologia da UFC. Tem como objetivo descrever a experiência de pesquisa que está em andamento sobre a utilização do Guia de Gestão Autônoma de Medicação (GAM), como ferramenta de promoção da autonomia de pessoas que fazem uso abusivo/compulsivo de substâncias psicoativas em um Centro de Atenção Psicossocial-Álcool e outras Drogas (CAPS-ad), na cidade de Fortaleza (CE). Tal instrumento foi criado no Canadá e ganhou uma versão feita por pesquisadores brasileiros em 2012. Trata-se de um dispositivo que tem como objetivo contribuir para que as pessoas em tratamento de saúde se impliquem no cuidado de si e tenham possibilidades de negociar o uso de fármacos prescritos. Buscamos potencializar esse instrumento, por meio de uma composição experimental que nomeamos de GAM@. A pesquisa foi programada em sete etapas: 1)Estudo da GAM e textos correlatos; 2)Composição de uma primeira versão 3)Treinamento e revisão com profissionais do CAPS-ad; 4)Utilização e revisão com voluntários acompanhados no CAPS-ad; 5)Constituição de uma segunda versão; 6)Discussão com pesquisadores que acompanham o uso da GAM no Brasil; 7)Terceira versão da GAM@. Estamos finalizando a quinta etapa, com a realização de cinco oficinas construídas por nós, envolvendo diversas estratégias (textos, músicas, desenhos, pinturas e bordados). Esperamos que os resultados da pesquisa nos forneçam um instrumento GAM próximo a realidade nordestina para que assim, possamos discuti-la com pesquisadores brasileiros. Ao compor um instrumento junto com quem dele faz uso, apostamos na implicação de profissionais e pessoas acompanhadas no serviço de saúde, potencializando o cuidado em meio aberto. Também em fortalecer a proposta de que cada Projeto Terapêutico Singular (PTS), envolva de modo efetivo a pessoa que será acompanhada, despertando-a ao cuidado de si em relação ao uso de substâncias psicoativas lícitas ou ilícitas.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica