DESENVOLVIMENTO DE RESINA EPÓXI A PARTIR DO LIQUIDO DA CASCA DA CASTANHA DE CAJU (LCC)

Autores

  • Joao Lucas Goncalves de Sousa Borges
  • Lucas Renan Rocha da Silva
  • Selma Elaine Mazzetto
  • Diego Lomonaco Vasconcelos de Oliveira

Resumo

As resinas epóxi constituem uma classe de polímeros termorrígidos amplamente utilizados como tintas, adesivos, materiais isolantes e compósitos estruturais. A busca por novas formas de obtenção dessas resinas tem crescido cada vez, utilizando principalmente fontes de origem natural de forma a minimizar o uso de componentes tóxicos, como o bisfenol A e epicloridrina. Dentre os recursos renováveis promissores, o líquido da casca da castanha de caju (LCC) é um subproduto da agroindústria, barato e disponível em larga escala. Os compostos presentes no LCC contêm grupos hidroxilas reativas e cadeia alquílica longa insaturada, que lhes confere uma plataforma versátil para modificações químicas. Neste sentido, este trabalho objetiva sintetizar uma resina epóxi a partir do LCC e desenvolver um polímero com potencial aplicação em revestimento anticorrosivo. Inicialmente sintetizou-se o composto epoxidado (LCC-E), a partir da reação entre o LCC, ácido fórmico e peróxido de hidrogênio. A caracterização estrutural do produto foi realizada por espectroscopia de absorção na região do infravermelho (FTIR) e Ressonância Magnética Nuclear (RMN) de Hidrogênio. A obtenção do material polimerizado se deu pela combinação do LCC-E com o agente de cura isoforonadiamina (IPDA). O polímero obtido foi analisado por FTIR e apresentou boa estabilidade térmica por análise termogravimétrica (TGA). De acordo com os resultados, o polímero desenvolvido é uma alternativa sustentável para substituir/reduzir o uso de resinas epóxi à base de bisfenol-A.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica