DINÂMICA COSTEIRA EM RESPOSTA A EVENTOS DE ALTA ENERGIA LIGADOS A SISTEMAS ATMOSFÉRICOS DO HEMISFÉRIO NORTE: O CASO DA PRAIA DO MEIRELES, FORTALEZA-CE

Autores

  • Leticia Mesquita Eduardo
  • Francisco Gleidson da Costa Gastão
  • Marcus Vinicius Chagas da Silva
  • Sérgio Bezerra Lima Júnior
  • Lidriana de Souza Pinheiro
  • Alexandre Medeiros de Carvalho

Resumo

Diante da dinamicidade dos processos costeiros em relação às variáveis atmosféricas e oceanográficas, as variações no balanço sedimentar em escala local são de grande interesse para questões de gerenciamento integrado da zona costeira. A diversidade de fatores ambientais atuantes, bem como a variação topográfica relacionada à chegada dispersivas de ondas do Hemisfério Norte na Praia do Meireles, Fortaleza-CE, compõem os principais objetos de interesse deste estudo. Para os fins propostos, foram aplicados de forma conjunta métodos diretos e indiretos de aquisição e processamento de dados: aerofotogrametria com uso de VANT (Veículo Aéreo Não-Tripulado), geração e refinamento de Modelos Digitais de Terreno (MDT’s) e Ortofotografias. Também foram realizadas análises texturais, acompanhamento de variáveis meteorológicas e oceanográficas locais e do Hemisfério Norte, bem como extensa revisão bibliográfica. No período de Abril/2018 a Março/2019, o acréscimo sedimentar mais significativo deu-se entre os meses de Maio-Julho/2018, com ganho relativo de 53% (20.484 m³) na porção oeste, e 59.3% (5.562 m³) na porção leste da área. A maior taxa de decréscimo deu-se no período entre Setembro-Novembro/2018, com valores de -25% (-12.996 m³) para o setor oeste e -34.5% (-4.108 m³) para o setor leste. No monitoramento de componentes de ondas, cinco eventos de alta energia foram identificados nos meses de Março/2018, Abril/2018, Novembro/2018, Fevereiro/2019 e Março/2019 – com Hsmáx = 1.5 – 3.5 m, Tp = 12 – 20s e Dp = N–NNE. De forma geral, observou-se uma tendência de perda sedimentar posterior à ocorrência dos eventos de ressaca, contexto no qual as taxas de variação topográfica, volumétrica e granulométrica foram distintas para diferentes setores da área estudada.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica