DISFUNÇÕES DO ASSOALHO PÉLVICO ENTRE TRABALHADORAS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM: CONDIÇÕES DE TRABALHO E IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA

Autores

  • Livia Cintia Maia Ferreira
  • José Ananias Vasconcelos Neto
  • Lia Gomes Lopes
  • Maria Laura Silva Gomes
  • Camila Teixeira Moreira Vasconcelos

Resumo

As Disfunções do Assoalho Pélvico (DAP) podem ocorrer devido ao enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico, relacionadas aos seus fatores de risco, como, a obesidade, idade avançada e ao esforço ocasionado por algumas profissões, causando impacto na qualidade de vida. Objetivou-se analisar a associação entre as condições de trabalho e as DAP, e seu impacto na qualidade de vida (QV) entre as profissionais de enfermagem. Trata-se de um estudo transversal, realizado com 264 profissionais de enfermagem do sexo feminino que exerciam a profissão há pelo menos 6 meses de diferentes setores e turno de trabalho de um hospital geral público localizado na cidade de Fortaleza – Ceará, durante os meses de março a agosto de 2018. Utilizou-se um formulário eletrônico contendo sete instrumentos específicos para a investigação das queixas e seu impacto na QV, com 105 questões. Foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob nº 2.435.205 (HGF) e nº 2.396.335 (UFC). Observou-se que as profissionais que trabalham nos setores de alta complexidade apresentaram maior prevalência de constipação e as que trabalham 60 horas por semana maior prevalência de Sintomas do Trato Urinário Inferior. Trabalhar em dois ou mais locais teve associação com a presença de queixas de Incontinência Urinária (IU) de Urgência e Mista. Na avaliação do impacto das DAP na qualidade de vida geral, dentre os oito domínios do SF-36, todos apresentaram média de valores superiores a 50,0, indicando uma boa QV de modo geral. Considerando apenas o impacto da IU, utilizando o King’s Health Questionnaire (KHQ), respondido por 31 mulheres, indicou pouco impacto dos sintomas na QV nos nove domínios do instrumento. Concluiu-se que apesar da alta prevalência das DAP nas profissionais de enfermagem, há pouco impacto na QV relacionada à ocupação e não há evidências para apontar nenhuma variável como fator de risco independente. Agradecimentos ao CNPq pela Bolsa de Iniciação Científica no ano de 2018.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica