DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE FÓSFORO NO PARQUE ESTADUAL MARINHO DA PEDRA DA RISCA DO MEIO

Autores

  • Ravena Santiago Alves
  • Isabelle de Oliveira Lima
  • Francisca Cintia Silva do Nascimento
  • Carlos Candido da Silva Neto
  • Hortência de Sousa Barroso
  • Michael Barbosa Viana

Resumo

O Parque Estadual Marinho da Pedra da Risca do Meio (PEMPRIM) é uma unidade de conservação (UC) de proteção integral que possui uma área de 33,20 km2 e profundidades entre 15 a 30 metros, com temperatura média de 27 C°. Os ambientes recifais são ricos e complexo ecossistemas, apresentando ciclo biogeoquímicos a base de nutrientes orgânicos dissolvidos, estes são a base da produção primária deste ambiente e essenciais para organização da cadeia alimentar. Um dos principais nutrientes encontrados no ecossistema marinho é o fósforo em suas formas de ortofosfato e fósforo total, sendo este um elemento limitante para produção primária das células fitoplanctônicas marinhas. Orientados por estudos batimétricos, foram determinados 15 pontos de coleta de água, com amostras coletadas nas regiões superficiais e de meia profundidade, por meio de uma garrafa de Van Dorn. As coletas foram realizadas durante três dias seguidos (8 a 10 de julho de 2019), a bordo do barco Argo Equatorial (LABOMAR/UFC). Ainda em campo, as amostras foram filtradas, transferidas para frascos e acondicionadas em caixas de isopor com gelo. As análises foram realizadas no Laboratório de Efluentes e Qualidade da Água (EQUAL), situado no Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR/UFC), a fim de determinar as concentrações de ortofosfato das amostras. Os valores encontrados na água do PEMPRIM variaram entre 0,1 e 0,5 µM de P-PO43-, de acordo com o ponto de amostragem e a profundidade. Os picos de concentrações de ortofosfato foram encontrados nas áreas mais próximas dos limites da UC, na região de meia profundidade, em torno de 0,5 μM de P-PO43-. Os teores de fosfato na superfície dos oceanos e zonas costeiras não poluídas são geralmente baixos, variando de 0 a 1 μM P-PO43-, enquanto que nas águas profundas os teores podem alcançar em torno de 3 μM, dependendo da zona oceânica considerada. Assim conclui-se que a baixa disponibilidade nutricional sugere que a região apresenta características oligotróficas.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica