EFEITO DO EXTRATO SECO PADRONIZADO E MOLÉCULAS DE AMBURANA CEARENSIS CULTIVADA EM MODELO EXPERIMENTAL DE INFLAMAÇÃO EM NEUTRÓFILO HUMANO
Resumo
A inflamação é definida como uma reação fisiológica do organismo com a finalidade de recuperação da homeostase. Porém a perpetuação da resposta inflamatória está relacionada ao desenvolvimento de diversas doenças crônicas tais como artrite reumatóide e doenças neurodegenerativas. Nesse contexto, surge a Amburana cearensis A.C Smith (Fabaceae), uma planta típica do nordeste brasileiro, cujo a casca do caule é utilizada popularmente no tratamento de doenças inflamatórias, tais como asma e bronquite. Considerando o risco de extinção da planta silvestre, nos últimos anos tem-se realizado estudos com a espécie cultivada, visando reduzir o extrativismo sofrido pela planta silvestre. Objetivamos avaliar a atividade antiinflamatória do extrato seco padronizados de A. cearensis cultivada (ESPACC) e dos seus constituintes majoritários cumarina (CM) e ácido vanílico (AV) em modelos in vitro. Neutrófilos humanos (5,0 x 106) foram incubados com ESPACC e AV (1-100ug/mL) por 30 minutos para avaliar a sua citotoxicidade pelo método do MTT. Para avaliação da atividade antiinflamatória, neutrófilos humanos (5,0 x 106) foram incubados com ESPACC e AV (1-100 ug/mL) por 15 minutos seguida da ativação com PMA 0,1uM. Por fim a atividade antioxidante dos compostos foi avaliada através do método de quimioluminescência. Observamos que o ESPACC, AV e a CM reduziram a emissão de EROs principalmente aquelas detectadas pela sonda Luminol. Já na avaliação da atividade antiinflamatória, o ESPACC e AV diminuiram a liberação da enzima MPO em aproximadamente 55% e 85%, respectivamente. Diante disto acredita-se que os efeitos antioxidantes apresentados pelo ESPACC, CM e AV estão relacionados principalmente a modulação do sistema MPO-H2O2-HOCl, não relacionados a uma atividade citotóxica, evidenciado através do teste do MTT. Porém mais estudos devem ser realizados visando elucidar os demais mecanismos envolvidos na atividade antiinflamatória das drogas avaliadas. Agradecimento: CNPq e CAPES.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XXXVIII Encontro de Iniciação Científica
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