EFEITO DO TRITERPENO ÁCIDO OLEANÓLICO SOBRE OS PARÂMETROS BIOQUÍMICOS E INFLAMATÓRIOS EM MACRÓFAGOS RAW 264.7 DIFERENCIADOS EM CÉLULAS ESPUMOSAS

Autores

  • Lana Andrade Lucena Lima
  • Rose Anny Costa Silva
  • Francisca Tuelly Bandeira de Oliveira
  • Ana Flávia Seraine Custódio Viana
  • Paulo Iury Gomes Nunes
  • Flavia Almeida Santos

Resumo

A aterosclerose é uma inflamação crônica na parede vascular. Estudos anteriores sugerem que o ácido oleanólico (AO) exerce atividades antiinflamatórias. Contudo, o efeito do AO na aterosclerose não está totalmente elucidado. As células espumosas são derivadas dos macrófagos e contêm gotículas de gordura, principalmente sob a forma de colesterol. Objetivou-se investigar a capacidade do AO no perfil lipídico e inflamatório dos macrófagos RAW 264.7 diferenciados em células espumosas, como um potencial tratamento da aterosclerose. Em cultura de RAW 264.7 foram avaliadas as propriedades bioquímicas (triglicerídeos e colesterol), antiinflamatórias (IL-6 e TNF-α) e enzimáticas (inibição da PTP1B). Para comparação múltipla dos dados paramétricos, foi utilizada a ANOVA, seguida do teste de Student Newman-Keuls, com nível de significância de 5%. As células RAW 264.7 foram diferenciadas com LDL oxidada (100ug/mL) e posteriormente tratadas com AO(3,125; 6,25 e 12,5 uM), por 24 h. Estes tratamentos resultaram em uma redução de triglicerídeos intracelulares na ordem de 30, 35 e 35%, respectivamente, em relação ao grupo tratado apenas com LDL oxidada(grupo controle positivo). Já em relação ao colesterol intracelular, o tratamento com AO nas concentrações de 3,125 e 6,25 uM demonstraram diminuição significativa(p<0,05) de 50 e 52%, respectivamente, em relação ao grupo controle positivo.Ainda pôde-se observar atividade antiinflamatória, com a inibição da liberação de TNF-α após tratamento das células com AO na concentração de 12,5uM. Além disso, percebeu-se redução na expressão de PTP1B nas concentrações de AO 3,125 e 6,25uM. Diante disso, percebe-se que o tratamento com o AO pode atenuar a aterosclerose através da inibição da formação de células espumosas, possivelmente pela diminuição da resposta inflamatória e redução da atividade da PTP1B, dando subsídio para maiores estudos no desenvolvimento de terapêuticas complementares para o tratamento da aterosclerose.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica