ESTUDO IN SILICO DA ATIVIDADE ANTINEOPLÁSICA DO LAPACHOL
Resumo
Introdução: Tabebuia avellanedae (“Ipê-Roxo”, “Pau D’arco”) é uma espécie vegetal pertencente a Relação Estadual de Plantas Medicinais do Ceará sendo utilizada na medicina tradicional como antiinflamatória, antibiótica e antineoplásica. Pesquisas evidenciam que o ipê-roxo possui efeito pronunciado sobre o câncer, atribuído em grande parte a uma substância denominada lapachol, quimicamente identificada como uma naftoquinona. Objetivo: Avaliar in silico as atividades farmacológicas, efeitos tóxicos e colaterais do lapachol. Metodologia: Para a realização do estudo in silico, as informações químicas (estrutura, massa molecular, polaridade, CAS-number) do lapachol foram obtidas no site http://www.chemspider.com. Utilizou-se como ferramenta o software PASS Online, o qual é planejado para medir o potencial biológico de uma molécula orgânica in silico no organismo humano. O programa fornece predições concomitantes de vários tipos de atividades biológicas a partir da estrutura dos compostos inseridos no sistema, indicando os aspectos da ação biológica, através dos índices Pa (probabilidade de ser ativo) e Pi (probabilidade de ser inativo). Resultados: O estudo revelou o potencial antineoplásico do lapachol, o qual mostrou-se, de acordo com o software, ser um importante agente anticancerígeno em vários tipos de câncer, como os de mama, pulmão, de próstata e câncer cervical. O software revelou como possíveis efeitos tóxicos: hepatotoxicidade, nefrotoxicidade e hematotoxicidade e como efeitos colaterais foram destacados: tremores, delírios e descoloração na urina. Conclusão: Foi observado que a naftoquinona tem grande potencial e eficácia na terapia antineoplásica no estudo in silico, mas apresenta efeitos prejudiciais importantes. O uso do elixir de pau’darco em fitoterapia é uma importante alternativa ao uso do lapachol isolado, pois o fitoterápico possui um fitocomplexo de constituintes ativos que preservam a atividade anticancerígena e minimizam uma possível toxicidade.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XXXVIII Encontro de Iniciação Científica
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