EVAPORAÇÃO NO LAGO DO RESERVATÓRIO SOBRADINHO/BA

Autores

  • Mateus Tome de Sousa
  • Gláuber Pontes Rodrigues
  • José Carlos de Araújo
  • Jose Carlos de Araujo

Resumo

As taxas evaporativas na região semiárida brasileira são muito intensas e isto é um fator imperativo quanto ao manejo e conservação dos recursos hídricos, já que nestas áreas o abastecimento depende centralmente de reservatórios superficiais. Além disso, cenários de mudança climática traçados por Modelos de Circulação Global apontam para incremento na taxa evaporativa da ordem de 15% até o ano de 2100. Todavia, o conhecimento atual sobre as verdadeiras perdas por evaporação nos reservatórios semiáridos é limitado, visto que não é baseado em medidas diretas, mas em estações situadas em terra firme, afastadas da superfície do lago, e sabe-se que há incertezas nestas metodologias já que os resultados são meras aproximações do real processo evaporativo. Diante deste contexto, este trabalho estimou a vazão evaporada da Barragem Sobradinho ao longo de 2018, com passos diários, usando dados de três estações climatológicas baseados na equação proposta por Penman, que utiliza variáveis meteorológicas como umidade relativa do ar, velocidade do vento, radiação solar entre outros. Os resultados indicam evaporação média de 9 mm/dia e vazão evaporada média de 224 m³/s, quase um terço da vazão liberada pela Barragem. Como em 2018 a barragem estava com nível baixo (30%), a área inundada estava reduzida. Quando a barragem estiver cheia, as perdas por evaporação deverão ser, pelo menos, o dobro daquela estimada em 2018.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica