HEGEL E A RAZÃO ATIVA

Autores

  • Bruno Sampaio Costa Lima
  • Konrad Christoph Utz

Resumo

Esta proposta de comunicação tenciona analisar a seção "A efetivação da consciência de si racional através de si mesma" que consta na obra "A fenomenologia do espírito de Hegel". Para tanto, à luz da razão ativa, abordar-se-á os movimentos que a consciência de si singular precisa levar a cabo, mediante reiterado esforço, para romper o isolamento individual e alcançar a substância espiritual. Trata-se, portanto, de acompanhar o processo dialético de universalização da razão, pelo qual a consciência-de-si concretiza a sua própria liberdade no seio do Estado ao qual pertence. Para Hegel, a substância ética ou espiritual é o próprio povo. Este somente é compreendido como sendo verdadeiramente livre quando as vontades individuais aderem à vontade geral, e as partes harmoniosamente confluem para o Todo. Isto quer dizer que o povo compreende a si próprio como espírito universal, que se elevou e paira sobre o ser singular. O reino da eticidade é a unidade efetiva e absoluta dos indivíduos.O Ethos universal surge assim como condição necessária para realização dos indivíduos. Na vida de um povo, cada indivíduo é tão consciente do seu ser, quanto tem a certeza desta consciência universal ou Ethos. Dessa forma, entende-se que o ser e o agir dos indivíduos traduzem os costumes do seu povo. Em comunidade, a razão se irradia como substância fluida universal, e assim os indivíduos compreendem que a sua essência consiste nessa substância universal, que não é outra coisa a não ser a obra por eles construída.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica