HEPATOTOXICIDADE INDUZIDA POR FÁRMACOS: REVISÃO DE LITERATURA

Resumo

O fígado desempenha um papel primordial na biotransformação e depuração de xenobióticos, sendo o principal responsável pelas etapas de metabolismo e excreção e de extrema importância para a manutenção das funções vitais do organismo. A lesão hepática induzida por fármacos é uma das causas mais frequentes de falência aguda. Assim, o presente estudo buscou revisar os principais mecanismos associados à hepatotoxicidade induzida por fármacos. Para isso, os foi realizada uma revisão da literatura em livros, bancos de dados e plataformas como Google Acadêmico, Scientific Electronic Library Online (SciELO) e PubMed, para seleção das informações relevantes ao tema. Foram utilizadas 9 fontes, sendo 2 livros e 7 artigos. Os resultados encontrados mostraram que a lesão de fígado induzida por fármacos é bastante complexa, sendo comumente classificada como aguda ou crônica. Quando aguda, ela pode ser dividida em: lesão citotóxica, colestática e esteatose. Além disso, estudos mostraram que a causa mais comum de hepatotoxicidade aguda é o paracetamol, sendo também ocasionada por outros fármacos como a isoniazida, fenitoína e o valproato de sódio. Quando crônica, ela pode se desenvolver como: hepatite, esteatose, fosfolipidose, hipertensão portal, fibrose e cirrose. A lesão crônica tem como origem comum o uso crônico de medicamentos e o consumo do álcool, associada a fatores tais como genética, idade, tabagismo entre outros. Apesar de serem complicações bastantes frequentes nos centros de referência para doenças do fígado, não se tem dados epidemiológicos sobre todo o espectro dessas manifestações e, mesmo existindo inúmeros medicamentos hepatoprotetores, não se tem total garantia acerca da eficácia desses produtos. Portanto, através desse estudo foi possível observar os diferentes tipos de hepatotoxicidade induzida por fármacos, bem como a importância de estudos para o desenvolvimento de novas alternativas farmacológicas de hepatoproteção.