HIBRIDAÇÃO EM SOJA NAS CONDIÇÕES DO CEARÁ

Autores

  • Igor Lopes Siqueira
  • Tamiris Pereira da Silva
  • Ingrid Pinheiro Machado
  • Fernanda Carla Ferreira de Pontes
  • Jéssica Soares Pereira
  • Julio Cesar do Vale Silva

Resumo

A soja, uma das culturas de maior interesse econômico do Brasil, teve sucesso na sua expansão para regiões de baixa latitude principalmente após o lançamento de cultivares adaptados às condições dos trópicos. Até hoje faz-se necessário a geração de variabilidade para a renovação de cultivares e a forma mais usada para tal é a hibridação artificial. Contudo, a hibridação em soja requer condições especiais de temperatura e umidade e, em razão disto, geralmente são realizadas nas condições Sul e Sudeste do país. Assim, objetivou-se confirmar a eficiência de hibridações de soja em campo nas condições do Ceará a partir da inclusão de novos genótipos para geração de F1´s. Para isso, foram conduzidos ensaios na horta do Departamento de Fitotecnia da UFC, campus do Pici, em uma área sombreada com sombrite que reduziu 30% da radiação solar. Na semeadura foram utilizados mais quatro genótipos distintos aos utilizados em 2018 somando doze genótipos no total, equivalente ao material usado em ambos os anos, sendo quatro em cada ensaio. Os cruzamentos foram realizados entre todos os genótipos dentro de cada ensaio. No primeiro deles foi contabilizado 37,19% de pegamento em 121 hibridações realizadas, no segundo 41,54% em 195 hibridações e no terceiro 34,29% em 70 hibridações. No ensaio 1, a cultivar BRS 284 foi a que mais contribuiu para o total de pegamentos (48,89%). No ensaio 2, M7739 IPRO x BMX Bônus IPRO e seu recíproco, foram as combinações que mais contribuíram para a porcentagem total de pegamentos com 24,69 e 38,27%, respectivamente. No ensaio 3, foi obtido uma taxa razoável de pegamento entre os cultivares utilizados. A combinação entre SYN 1183 e TMG 4182 contribuiu com 37,50% para o total de pegamentos desse último ensaio. O percentual de pegamento considerado bom pela literatura varia entre 30 a 40%. Sendo assim, é possível realizar hibridações nas condições do Ceará com taxa razoável de pegamento. Por fim, todo o agradecimento ao CNPq pela bolsa.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica