HISTOQUÍMICA E COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE SEMENTES DE CAMPOMANESIA SP.

Autores

  • Maria Victoria Alves Araujo
  • Maria Izabel Gallão
  • Rafael Guimaraes Gomes Silva

Resumo

A família Myrtaceae é um importante componente dos biomas brasileiros. Todas as espécies nativas do território brasileiro, pertencem à tribo Myrteae, a qual é subdividida principalmente pela morfologia externa dos embriões, mas apesar disso, o grupo ainda apresenta diversas problemáticas relacionadas à sua filogenia. O gênero Campomanesia, pertencente à tribo Myrteae, está representado no Brasil por 42 espécies e se caracteriza por ter um embrião pimentóide, com hipocótilo inchado e mais largo que os cotilédones, muitas vezes espiralados. Assim, este trabalho teve como objetivo descrever e determinar a histoquímica e a composição química de sementes de Campomanesia sp., onde posteriormente esses caracteres poderão contribuir com a biossistemática do grupo. Primeiramente, as sementes foram processadas no Laboratório de Biologia Celular Vegetal, cortadas e colocadas em fixador Karnovisk. Após isso, o material foi desidratado e incluído em resina de acordo com o manual do fabricante do kit de Historesina Leica®, e cortado com espessura de 6 μm utilizando um micrótomo semiautomático Slee Mainz 5062. Para a histoquímica, o material foi corado utilizando corantes e indicadores específicos para as substâncias. As fotomicrografias foram obtidas a partir de microscópio óptico com câmera acoplada. Para a determinação química, foi realizado a extração das macromoléculas biológicas utilizando protocolos pré-estabelecidos e as leituras das amostras foram realizadas através de espectrofotometria. Foi possível perceber grande presença de radicais catiônicos na histoquímica do hipocótilo e cotilédones, em detrimento de basofilia e carboidratos neutros totais, diferente do tegumento. Também foi observado a presença de glândulas possivelmente proteicas no tegumento e de carboidratos neutros totais na membrana envolvendo os cotilédones. Pode-se inferir que a principal reserva dessa semente é de natureza proteica, e possuindo pouco amido de reserva. Em agradecimento ao CNPq.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica