EFEITOS DA INSTABILIDADE PLUVIOMÉTRICA SOBRE A PRODUÇÃO DE LAVOURAS DE SEQUEIRO NO SEMIÁRIDO DO ESTADO DO CEARÁ: CASOS DE LIMOEIRO DO NORTE E MORADA NOVA

Autores

  • Melyssa da Silva Moreira Pinheiro
  • José de Jesus Sousa Lemos
  • Jamile Ingrid de Almeida
  • Milena Monteiro Feitosa
  • Jose de Jesus Sousa Lemos

Resumo

O Semiárido brasileiro é o maior em território e também é a mais populosa região semiárida do mundo. Sua precipitação pluviométrica é caracterizada por ser distribuída de forma irregular e concentrada em poucos meses do ano. A maior parte do Semiárido do Brasil situa-se no Nordeste do País, onde o Ceará é o estado com a maior participação de municípios reconhecidos oficialmente como pertencentes ao ecossistema. As características climáticas o torna suscetível ao fenômeno das secas e também à desertificação. Dentre os municípios do Ceará que estão inseridos no semiárido, destacam-se para este estudo Limoeiro do Norte e Morada Nova, localizados na Microrregião do Vale do Jaguaribe, que também estão incluídos nas áreas sujeitas à desertificação (ASD) do Ceará. A pesquisa objetiva mostrar a evolução da precipitação pluviométrica em Limoeiro do Norte e Morada Nova no período de 1974 a 2017, caracterizando os níveis de pluviometria de acordo com a sua intensidade, aferindo as instabilidades em cada um desses períodos e avaliar como se comportam lavouras alimentares de sequeiro (feijão, mandioca e milho) em cada um desses períodos. Utilizaram-se dados do IBGE e da FUNCEME e aferiram-se os coeficientes de variação (CV) para medir a instabilidade/estabilidade dos diferentes tipos de clima para os municípios selecionados no estudo. Utilizou-se também o CV como medida de instabilidade/estabilidade das produtividades da terra, áreas colhidas e preços médios das lavouras, avaliados dentro de cada um dos regimes pluviométricos identificados na pesquisa. Os resultados mostram que as pluviometrias anuais observadas se concentram nos meses de janeiro a junho de cada ano e confirmam instabilidades pluviométricas nos dois municípios selecionados para o estudo e períodos de estiagem com elevadas probabilidades de ocorrência. Conclui-se que as instabilidades climáticas se transmitem às instabilidades nas produções de feijão, mandioca e milho nos municípios.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica