EM NOME DO PASSADO: AS NARRATIVAS DA HISTÓRIA DO BRASIL E O SUJEITO GUSTAVO BARROSO.

Resumo

As narrativas acerca do tempo estão em disputa, tanto quanto estiveram os eventos que essa mesma história pretende narrar. Como se conta a história de determinado acontecimento político possui incomensurável relevância à sua reverberação tanto nos livros de história, quanto na memória dos homens e mulheres da sociedade. No recorte dessa pesquisa, refletimos como, partindo de dois eixo principais, se constrói uma, das várias possibilidades, história do Brasil. O primeiro elemento foi a literatura: Como as escolhas de determinados autores acerca da criação de personagens, com todas as cargas subjetivas que carregam, e dos cenários contribuem para a formação de uma narrativa do Brasil; e como segundo elemento, os objetos expostos e organizados com o intuito de criar ou contribuir à uma narrativa politicamente atrelada aos interesses de seus idealizadores. Assim, o recorte toma forma com o sujeito Gustavo Barroso, que em vida fora fundador e diretor do Museu Histórico Nacional e um dos maiores literários do Brasil, principalmente quanto ao tamanho de sua produção. Este sujeito, comumente conhecido por sua posição de destaque no “integralismo brasileiro”, a partir de sua posição, conseguiu atrelar de forma profunda à narrativa da história do brasil os elementos citados anteriormente. Portanto, a pesquisa caminhou de forma muito próxima desse sujeito, a partir da leitura e de transcrições de documentos da coleção das primeiras edições das obras de Gustavo Barroso (biblioteca da Academia Cearense de Letras - ACL), do acervo particular do autor (arquivo do Museu Histórico Nacional - MHN) e do primeiro inventário geral das peças do Museu Histórico Nacional (também no arquivo do MHN); e da bibliografia teórica, que criou uma reflexão para dar conta das problemáticas desse projeto, não com a promessa de finalizá-la, mas abrir novos caminhos de pesquisa.