ENTRE O SER E O NÃO-SER: UM DILEMA ONTOLÓGICO
Resumo
Um dos conceitos fundamentais da filosofia ocidental é o conceito de ser. Ser, na referida perspectiva, é tudo aquilo que denota existência, sendo essa existência subjetiva ou objetiva, sendo a ontologia o ramo da filosofia que se encarrega de estudá-lo. No âmbito da filosofia do Ocidente, a primeira discussão focada no ser foi encetada pelo eleata Parmênides, um debate que percorre a história e as culturas, sendo motivo de reflexão até os dias de hoje. Parmênides adotava uma postura de certa forma absoluta, afirmando que o ser é, de forma estática e integral e o não-ser não é, sendo esse impossível de ser falado ou pensado, pois a nada se refere. Hodiernamente, com os avanços da ciência e da tecnologia, são postas em cheque diversas posturas dogmáticas que nós, enquanto sujeitos pensantes, costumamos adotar com o fito de responder essas tantas perguntas de cunho ontológico, proporcionando inclusive a emergência de uma Nova Ontologia. Mas, afinal, o que nós somos? Hoje sabemos, abreviadamente, que somos formados por bilhões de pequenos seres vivos, as células, que estão a cada segundo morrendo e sendo repostas, num ritmo altamente dinâmico e parcialmente independente. As células, por sua vez, são formadas por elementos que já compuseram uma infinidade de coisas antes de nós e continuarão a compor, posteriormente à nossa existência. Talvez sejamos apenas um padrão autossustentável sem delimitações claras que em algum momento ganhou consciência própria e agora tem a habilidade de refletir sobre si através do espaço-tempo, imerso num espectro confuso entre vida e morte, individual e universal, ser e não ser.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XXXVIII Encontro de Iniciação Científica
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