ESTRESSE FÍSICO EXPERIMENTAL INDUZ RETARDE DO ESVAZIAMENTO GÁSTRICO DE LIQUIDO COM HIPERREATIVIDADE DO FUNDO GÁSTRICO E DUODENO AOS ESTÍMULOS ELETROMECÂNICO E FARMACOMECÂNICO

Autores

  • Thalia Siebra da Silva
  • Mônica de Oliveira Belém
  • Alfredo Augusto Vasconcelos da Silva
  • Pedro Jorge Caldas Magalhães
  • Armenio Aguiar dos Santos

Resumo

Variações emocionais relacionam-se a dismotilidades gastrointestinais. Avaliar o esvaziamento gástrico de líquidos (EGL) em camundongos submetidos ao estresse físico. Camundongos Swiss machos (CEUA/UFC) submetidos (GE) ou não (GC), por 11 dias, à estresse físico de contenção/3h e jejum sólido. Nos dias 0, 3, 5, 7, 9 e 11, realizou-se testes de campo aberto (CA) e labirinto em cruz elevado (LCE). Para EGL por 13CO2 os animais receberam bebida achocolatada, coleta de amostras do ar expirado por 90 min. Isótopos analisados (ppm) em espectroscopia de gás infravermelho (Wagner analyse technik GmbH /software IRIS®). Da curva de EGL calculou-se: área sob a curva (AUC), tempo de pico máximo (Tmax) e concentração máxima de 13CO2 (Cmax). Analisou-se os dados (média ± EPM) por teste de Shapiro Wilk e teste “t” de Student. GE mostrou comportamento ansioso CA e LC do 5º ao 11° dia. O estresse retardou o EGL a partir 5° dia (AUC: 5º dia: GC: 55,841± 3,127 vs. GE: 45,411± 1,263; 7º dia: GC: 49,242± 1,366 vs. GE: 42.717± 1.043; 9º dia: GC: 57.490± 3.902 vs. GE: 47.785± 1223; 11º dia: GC: 60.118± 1.263 vs. GE: 43.474± 2.220, p< 0,05), com redução da Cmax (Cmax: 5º dia: GC: 2.005± 97,09 vs. GE: 1.721± 47,40; 7º dia: GC: 1.810± 36,81 vs. GE: 1.645± 57,41; 11º dia: GC: 2.192± 66,98 vs. GE: 1.890± 100,6 ppm 13CO2, p<0,05). Sem mudanças em Tmax. O estresse tornou mais reativas as tiras de fundo gástrico e duodeno, com aumento (p<0,05) da resposta contrátil eletromecânica (KCl) e farmacomecânica (CCh) (AUC Fundo gástrico KCl: GC: 2,457± 4,190 vs. GE: 49,244± 8,106; CCh: GC: 15,753± 3,836 vs. GE: 35,702± 6,250; AUC Duodeno KCl: GC: 4,362± 586 vs. GE: 6,332± 620.9; CCh: GC: 928± 143.3 vs. GE: 2,645± 350.9). A contratilidade do antro permaneceu inalterada, bem como a resposta relaxante ao ISO e NPS (dados não mostrados). Conclui-se que estresse físico aumenta a contratilidade in vitro do fundo gástrico e do duodeno aos estímulos eletromecânico e farmacomecânico com retarde do EGL.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica