ESTRESSE NO TRABALHO DA ENFERMAGEM EM TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA E NEONATAL EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA

Autores

  • Renata Celly Rodrigues Silva
  • Raquel Pereira Lopes
  • Maria Salete de Brito Gomes
  • Ana Luiza Melo Lima
  • Tifanny Horta Castro
  • Roberta Meneses Oliveira

Resumo

O estresse no trabalho da enfermagem é causado por sobrecarga física, superlotação das unidades, déficit de recursos humanos e insumos de má qualidade. Esse estudo objetivou avaliar o nível de estresse no trabalho da equipe de enfermagem em cuidados críticos pediátricos e neonatais. Estudo transversal realizado em dois hospitais públicos referência em pediatria, em 2018. Participaram 100 profissionais de enfermagem, sendo 42 enfermeiras e 58 técnicas de enfermagem. Aplicou-se questionário sócio demográfico e a Escala de Estresse no Trabalho. Na análise foram avaliadas médias e desvios padrão das assertivas. Médias abaixo de 1,9 indicam estresse baixo, de 2,0 a 2,4 estresse moderado e acima de 2,5, estresse elevado. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa (nº 3.023.603). Como resultado, encontrou-se a amostra 100% feminina e com tempo de atuação na área pediátrica/neonatal de 1 a 34 anos. Quase metade das entrevistadas (49%) têm 2 ou mais empregos, e mais da metade dos profissionais (51%) trabalha de 41 a 60 horas semanais. Verificou-se que nenhum item da EET foi avaliado como preditor de estresse em nível baixo, já a maior parte dos itens foi classificada em nível intermediário. Destacam-se 7 itens característicos de estresse em nível elevado: deficiência na divulgação de informações sobre decisões organizacionais (2,9±1,0), ser maltratado pelo superior na frente de colegas de trabalho (2,5±1,5), trabalhar durante muitas horas seguidas (2,7±1,4), discriminação/favoritismo no ambiente de trabalho (3,1±1,3), deficiência nos treinamentos para capacitação profissional (2,6 ± 1,2), pouca valorização pelos superiores(2,7 ± 1,3), e baixa perspectiva de crescimento na carreira(3,1 ± 1,3). Diante disso, nota-se que o estresse no trabalho de enfermagem em cuidados críticos é multifatorial e merece ser avaliado pela liderança do hospital, pois implica diretamente no cuidado ao paciente.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica