ESTRUTURA FUNCIONAL DA METACOMUNIDADE DE PEIXES DE RIOS INTERMITENTES

Autores

  • Larissa Nayara de Sousa Amaral
  • Milena Gonçalves da Silva
  • Carla Ferreira Rezende

Resumo

Diante da emergente necessidade de conservação da biodiversidade, entender as implicações de diferentes perturbações dentro do ecossistema é fundamental. A ecologia funcional de comunidades baseia-se na mensuração de características biológicas que afetam o desempenho do organismo no ecossistema. Essas, por sua vez, podem descrever funções de fenótipos e possibilitar a análise de como as comunidades são moldadas pelo ambiente. A alta diversidade e abundância de peixes e suas adaptações auxiliam nos estudos dessas funções. As adaptações desenvolvidas por esse grupo, como as de locomoção e competição, podem variar de acordo com as pressões do ambiente. No Ceará, um fator estressor singular é a intermitência dos rios do semiárido, que apresentam fase cheia e seca ao longo do ano, formando metacomunidades que podem se dispersar entre as poças formadas. Buscando relacionar a estrutura funcional de uma metacomunidade de peixes com as fases de um rio intermitente ao longo do ano, foram analisadas 16 espécies de peixes do Rio Cruxati, na cidade de Itapipoca, Ceará, nas fases de pré-seca, seca e pós-seca. Nesses, foram realizadas 19 medidas morfométricas, com auxílio de um paquímetro, câmera fotográfica profissional e o software Image J. A partir dessas medidas, , foram obtidos nove traços funcionais que possibilitaram cálculo dos Índices de Riqueza, Uniformidade, Divergência e Especialização Funcional. A espécie T. galeatus foi a mais especialista (5.18), enquanto que a espécie A. bimaculatus foi mais generalista (1.57). Além disso, na fase de seca, a predominância foi de espécies mais generalistas.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica