ESTRUTURA FUNDIÁRIA NO CEARÁ ENTRE 2006 E 2017

Autores

  • Simao Carlos Santos Silva
  • JosÉ Lenho Silva DiÓgenes

Resumo

Historicamente, a desigualdade do Brasil tem relação particular com a concentração de terra. Em geral, por todo o território brasileiro é fácil encontrar disparidades sociais, dentre elas a redistribuição de renda e terra, as condições educacionais, de saúde, econômicas, entre outras. Dados do censo agropecuário de 2017 do IBGE apontam essa influência histórica na concentração de terra brasileira e demonstram as diferenças entre grandes e pequenas propriedades, as grandes propriedades somam apenas 1% do total de estabelecimentos, as mesmas possuem 47,52% de toda a área rural do Brasil, enquanto pequenos estabelecimentos representam 50,15% do total de estabelecimentos e ocupam uma porcentagem inferior a 2,3%. Utilizando os censos agropecuários de 2006 e de 2017, verificou-se que o número de estabelecimentos agropecuários no Ceará teve um aumento considerável, cerca de 3,49%, saindo de 381.017 para 394.317 estabelecimentos nos últimos 13 anos. Em contrapartida, a área dos estabelecimentos reduziu-se 13,24%, passando de 7.948.067 hectares (he) para 6.895.412,5 he. Analisando a distribuição dos estabelecimentos do ano de 2006, 67,58% dos estabelecimentos agropecuários possuíam menos de 10 ha representando, entretanto, apenas 6,73% da área total. Já os estabelecimentos com mais de 100 ha constituíam 4,14% do total dos estabelecimentos e representam 64,78% da área total. No ano de 2017, a situação de concentração de terra teve algumas alterações, pois o número de estabelecimentos com menos de 10 ha foi elevado, 72,18%, enquanto que a área dos mesmos também se elevou em 8,35%. Os estabelecimentos com mais de 100 ha foram reduzidos para 3,35%, diminuindo o percentual de área para 58,1%. Vale ressaltar, pelos dados, que no Ceará houve uma maior distribuição de terra, enquanto que no Brasil, em geral, houve uma maior concentração de terra no mesmo período.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica