ESTUDO DA CARACTERIZAÇÃO E DA PRECIPITAÇÃO DE ÓLEOS BRASILEIROS EM CONDIÇÕES AMBIENTE

Autores

  • Joao Pedro Galdino Sampaio
  • Moacir Frutuoso Leal da Costa
  • Ailton Freitas Balieiro Ferreira
  • Hosiberto Batista de Sant'ana
  • Rílvia Saraiva de Santiago Aguiar
  • Rilvia Saraiva de Santiago Aguiar

Resumo

A caracterização e a análise das frações presentes no óleo bruto, bem como o conhecimento da precipitação da fração mais polar e pesada do petróleo, isto é, asfaltenos, são importantes para diversos aspectos da indústria de petróleo, seja para condições operacionais, processos de recuperação de óleo, seleção econômica e, sobretudo, para a garantia de escoamento, uma vez que podem diminuir os custos de manutenção de um pipeline. Diante disso, o presente trabalho investiga a caracterização e o efeito da precipitação de dois óleos brasileiros, denominados P-3 e P-5, à 25°C e em pressão atmosférica, utilizando heptano (C7) como agente precipitante e dois métodos para a etapa de precipitação (método direto e indireto). Já a caracterização dos óleos foi feita a partir do fracionamento SARA, empregando heptano, tolueno, diclorometano e metanol para determinar o teor de saturados, aromáticos, resinas e asfaltenos nas amostras estudadas, frações que podem interferir no comportamento do óleo ao fluir para outras etapas de processamento. Como resultados, observou-se que o método SARA demonstrou que, para o óleo P-3, o percentual de asfaltenos é 1,47% (m/m), de saturados é 2,66% (m/m), de aromáticos é 0,46% (m/m) e de resinas é 2,48% (m/m); já para o óleo P-5, 3,16% (m/m) é de asfaltenos, 4,16% (m/m) é de saturados, 2,62% (m/m) é de aromáticos e 3,19% (m/m) é de resinas. Com isso, percebe-se que o óleo P5 apresenta maior propensão a ter material precipitado do que o óleo P-3. Já o onset de precipitação de asfaltenos (AOP), para o óleo P-3, foi em torno de 40% (m/m) de C7 e, para o óleo P-5, o AOP foi em torno 50% (m/m) de C7. Além disso, observa-se que as análises indiretas (método indireto) mostram que os compostos pesados se fracionam a partir do óleo desasfaltado e se precipitam em um segundo estágio sob excesso de heptano. Este trabalho foi desenvolvido com o apoio financeiro do CNPQ e Pibic/UFC.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica