EFEITO DO BETA-CARIOFILENO NA COORDENAÇÃO MOTORA E EQUILÍBRIO DE RATOS HEMIPARKINSONIANOS SUBMETIDOS AO ROTAROD

Autores

  • Carol Leal de Miranda
  • Isaac Carioca de Oliveira, Francisco José Gomes, Cleane Gomes Moreira, Ana Clara de Souza Correa
  • Lissiana Magna Vasconcelos Aguiar

Resumo

INTRODUÇÃO: A Doença de Parkinson é uma enfermidade neurodegenerativa, crônica e progressiva, caracterizada por tremores em repouso, rigidez muscular e instabilidade postural, afetando cerca de 1% da população mundial a partir dos 65 anos. O beta-cariofileno (BCP) é um sesquiterpeno bicíclico natural encontrado no óleo essencial extraído de algumas plantas, como a Eugenia carophyllata e a Copaifera reticulata, possuindo ação anti-inflamatória e antioxidante. O presente estudo busca investigar o efeito do beta-cariofileno no equilíbrio e coordenação motora de ratos submetidos ao modelo animal de doença de Parkinson induzida por 6-Hidroxidopamina (6-OHDA). METODOLOGIA: Foram utilizados ratos Wistar com peso de 250 a 300g, sob protocolo n° 08/17 aprovados pelo CEUA da UFC/campus Sobral. Os animais receberam injeção intraestriatal unilateral de 6OHDA, (exceto o grupo SHAM que recebeu salina) e 1 hora depois iniciaram tratamento com BCP nas doses 15, 50 e 100 mg/Kg ou salina (grupo controle 6OHDA) v.o., durante 21 dias. No 21° dia foram realizados os testes comportamentais (rotações induzidas por apomorfina e Rotarod). Os animais foram eutanasiados no dia seguinte. RESULTADOS: Houve redução do comportamento rotacional nos animais tratados com BCP em todas as doses testadas quando comparadas ao controle 6-OHDA (BCP [BCP15 21 ± 7,1; BCP50 5,7 ± 2,3 e BCP100 36,8 ± 14]; 6OHDA102, 5 ± 4,9, com p<0,001]. No teste do rotarod, não houve diferença significativa entre os grupos tratados com BCP e o grupo controle 6-OHDA na latência da primeira queda, porém o BCP na menor dose aumentou em cerca de 10% o tempo de permanência na barra. CONCLUSÃO: São necessários mais experimentos para se obter dados mais consistentes, entretanto há indícios de que doses menores do BCP possam ser mais efetivas em relação a melhora dos danos motores provocados pela neurotoxina 6-OHDA.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

Encontro de Iniciação Científica – PRPPG