REMOÇÃO SELETIVA DE TECIDO CARIADO E SUA EFICÁCIA EM LESÕES PROFUNDAS DE DENTES PERMANENTES: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Autores

  • Renato Daniel de Freitas
  • Myrna Maria Arcanjo Frota, Ernanda Maria de Araújo Sales, Kalina Santos Vasconcelos, Lidiany Karla Azevedo Rodrigues
  • Beatriz Gonçalves Neves

Resumo

O tratamento de lesões cariosas profundas é bastante discutido na literatura devido à preocupação quanto à preservação da estrutura dental e manutenção da vitalidade pulpar. Diante disso, estudos passaram a sugerir a remoção seletiva de tecido cariado (RSTC) como tratamento definitivo dessas lesões. Esta técnica consiste na completa remoção da dentina cariosa nas paredes da cavidade, com exceção da parede pulpar, onde apenas a dentina infectada é removida, deixando a dentina afetada no fundo da cavidade. Este estudo tem como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre a efetividade da técnica de RSTC em lesões profundas de dentes permanentes. Para tanto, utilizou-se nas bases de dados Pubmed e Scopus os descritores “selective caries removal”, “incomplete caries removal”, “partial caries removal” e “permanent teeth”, associados ou não, no período de 2009 a 2019. Foram encontrados 277 estudos, mas apenas 09 obedeceram aos critérios de elegibilidade (estudos clínicos que realizaram a RSTC em dentes permanentes). Os artigos analisados demonstraram que a RSTC é uma abordagem de sucesso para lesões cariosas profundas, pois preserva a vitalidade pulpar a partir do selamento da cavidade, alcançando resultados usualmente encontrados em cavidades nas quais a remoção completa ou o tratamento expectante são realizados. Estudos também apontaram a redução de exposições pulpares e do número de microrganismos após o selamento da cavidade. Portanto, a RSTC é uma alternativa viável e mais conservadora para o tratamento de lesões cariosas profundas em dentes permanentes, podendo ser utilizada na prática clínica diária, no entanto, mais estudos clínicos utilizando esta técnica para maiores evidências são necessários.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

Encontro de Iniciação Científica – PRPPG