USO ODONTOLÓGICO DE ENXERTOS ÓSSEOS NA PERCEPÇÃO DE CIRURGIÕES-DENTISTAS DE SOBRAL

Autores

  • Lana Karine Araújo
  • MARCELO MIRANDA DE MELO, Gustavo Silva Antunes
  • Igor Iuco Castro da Silva

Resumo

Pesquisas sobre materiais osseosubstitutos evidenciam resultados biológicos, porém é raro um panorama clínico de uso e aceitação de mercado consumidor. O objetivo desse estudo foi avaliar o uso odontológico de enxertos ósseos na percepção de dentistas da cidade de Sobral, Ceará. Foram entrevistados 183 profissionais e analisados dados profissionais, conhecimento temático, uso específico, relação custo-efetividade e biossegurança. Dos 183 entrevistados, a maioria exibiu até 10 anos de formada e familiaridade com a temática desde a graduação. As cerâmicas, seguidas de compósitos, compuseram as composições mais citadas. Apenas um quarto dos cirurgiões-dentistas já realizaram enxertos ósseos, com maior tendência de aplicação em alvéolo dentário fresco, simultânea a implante dentário e para levantamento de seio maxilar. As origens autógena e xenógena se destacaram frente às aloplástica e alógena, as cerâmicas foram a composição mais usada de enxertos ósseos e sua associação com membrana foi mais frequente do que enxerto ósseo sozinho ou associado a fibrina autóloga, tendo o serviço privado superado o público na aplicação desses biomateriais. A satisfação do profissional e paciente foi alta, o custo considerado moderado, havendo diferenças na participação do paciente na escolha e na procedência do produto. Os dentistas afirmaram seguirem bula, não terem pacientes com complicações inflamatórias ou infecciosas e terem segurança quanto à origem. Em geral, profissionais e pacientes se mostraram favoráveis ao uso de enxertos derivados de animais e desfavoráveis ao de cadáveres, havendo raros profissionais cadastrados em bancos ósseos. Os dados confirmam uma boa aceitação para uso odontológico de enxertos ósseos em cidade do interior do Nordeste brasileiro.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

Encontro de Iniciação Científica – PRPPG