EVIDÊNCIAS DA INDIFERENÇA EM TESTES LOW-STAKE PARA MUNICÍPIOS CEARENSES

Autores

  • Lilian Araujo Molinari
  • Victoria Maynara Ximenes de Castro
  • Alesandra de Araújo Benevides

Resumo

O uso de testes padronizados como ferramenta central na política educacional tem se tornado uma característica comum de muitos sistemas nas décadas recentes. No presente trabalho, utilizaremos o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará (Spaece), que possuem a mesma ênfase: a avaliação do perfil de saída dos egressos de um nível de ensino, para analisar o desempenho dos alunos do estado do Ceará. Ressalte-se que, a partir de 2009, o Enem passou a representar um vestibular nacional, visto que por meio do Sistema de Seleção Unificada (SISU), gerenciado pelo MEC, os resultados do exame dão acesso à disputa de vagas em instituições públicas de ensino superior ou faculdades privadas, comumente, viabilizadas pelo Programa Universidade para todos (Prouni) e/ou pelo Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), diferente do Spaece. Nesse estudo, buscam-se analisar a correlação entre os exames e observar se há disparidade nas notas entre eles, dada possível diferença de dedicação do aluno para cada exame, visto seu alto ou baixo risco. Mediante pesquisa bibliográfica, discorre-se sobre o uso dessas avaliações na educação brasileira e cearense, respectivamente. Faz-se análise quantitativa utilizando a nota média das disciplinas de português e matemática por município de cada exame, podendo-se observar uma fraca relação entre as notas do Enem e Spaece, sendo mais alta a correlação entre as notas das disciplinas, separadamente para cada exame. Ainda assim, para os municípios cearenses, há uma relação positiva entre as notas médias do Spaece e as notas médias do Enem.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

Encontro de Iniciação à Docência – PROGRAD