O PAPEL DO CONHECIMENTO DA LÍNGUA BRASILEIRAS DE SINAIS NA FORMAÇÃO MÉDICO-ACADÊMICA: O ENSINO EM LIBRAS COMO FERRAMENTA DE INCLUSÃO EM SAÚDE

Autores

  • Nickolas Souza Silva
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  • Roberta Cavalcante Muniz Lira

Resumo

INTRODUÇÃO: Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população surda brasileira corresponde a 5,1% da população total. Os surdos apresentam historicamente uma participação diminuta no processo de saúde e cuidado, devido principalmente à barreira de comunicação e à falta de autonomia e sigilo pela triangulação do cuidado. A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) pela lei 10.436/24 passou a ser instituída nos lugares públicos e fomentada sua utilização, e, pelo decreto 5626 a LIBRAS foi instituída como disciplina nos cursos de graduação; entretanto, no curso médico, a formação em LIBRAS é optativa e por muitas vezes, desvalorizada e não ofertada. MÉTODOS: Relato de experiência baseado em aulas em metodologia ativa de ensino sobre LIBRAS para acadêmicos de medicina participantes do Programa de Educação Tutorial da Universidade Federal do Ceará (PET-UFC). As aulas fazem parte de uma capacitação continuada em LIBRAS, O curso tem o intuito de capacitar os acadêmicos para a comunicação e a inclusão em saúde de pacientes surdos, projetando a universalização do Sistema Único de Saúde (SUS) sobre essa população marginalizada. O estudo ocorreu entre março a novembro de 2019. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante o tempo de curso foram ministradas cinco aulas, esclarecendo pontos cruciais para a comunicação surda, a linguística da LIBRAS e o vocabulário relativo à saúde/médico. Os alunos componentes do PET-UFC apresentaram anseio em aprender e aplicar os conhecimentos em LIBRAS, e, ao decorrer das aulas foi demonstrado que os alunos estavam pondo em prática seus conhecimentos básicos na língua de sinais, por meio da entrevista clínica com o surdo ou minimamente na proposição de um atendimento mais inclusivo e humanizado. CONSIDERAÇÕES FINAIS: É importante o aprendizado em LIBRAS no processo de formação do acadêmico em medicina, pois esse pode ofertar uma atenção em saúde qualificada, integral, igualitária e universal, sob os moldes do SUS.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

Encontro de Programas de Educação Tutorial – PROGRAD