LAEDDES: APLICAÇÃO DOS MAPAS AFETIVOS COMO INSTRUMENTO DE ESCUTA NA ESCOLA PÚBLICA

Autores

  • Vitória Ferreira de Azevedo
  • Ariadsa Mesquita Aragão, Madyson Matheus Sousa Mororó, José Edberto Gadelha Rocha Júnior
  • Francisca Denise Silva do Nascimento

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência de uma extensionista voluntária do Laboratório de Estudo das Desigualdades e Diversidades – LAEDDES, durante ações realizadas pelo Projeto “Reescrevendo a minha história”, com a aplicação do Instrumento Gerador dos Mapas Afetivos (IGMA), construído por Zulmira Áurea Bonfim em sua tese de doutorado. A proposta de elaboração dos Mapas Afetivos constituiu um instrumento de facilitação da escuta e da fala dos estudantes assistidos pelo Projeto na Escola de Ensino Médio X, fato que concorda com a posição de Bonfim (2010) sobre o IGMA facilitar tornar os afetos tangíveis, por meio de imagens, palavras e da “formulação de sínteses ligadas aos sentimentos, ligadas de forma menos elaborada e de forma mais sensível” (Bomfim, 2010, p 137). A experiência tida nas ações do LAEDDES foi atravessada, substancialmente, pela leitura no grupo de estudos do Laboratório dos livros: “O Manifesto Comunista”, de Karl Marx e Friedrich Engels, “Mulheres, raça e classe”, de Angela Davis e “O quarto do despejo: o diário de uma favelada”, de Carolina Maria de Jesus. O envolvimento dos estudantes na elaboração de seus Mapas Afetivos, apesar de não ter sido comum a todos, comprovou a demanda de fala e de escuta existente nas turmas de terceiros anos, que foram minimamente supridas durante as ações do Projeto. O estranhamento de muitos dos estudantes ao terem à disposição pessoas interessadas em ouvir suas demandas simboliza o ambiente de silenciamento que a escola e sua má-fé institucional (Souza, 2009) representam. Ademais, o LAEDDES reconhece a importância e fomenta a participação ativa da comunidade acadêmica dentro da escola pública.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

Encontro de Extensão – PREX