PREVALÊNCIA E PERFIL DE RESISTÊNCIA A ANTIMICROBIANOS DE UROPATÓGENOS EM PACIENTES ATENDIDOS EM UM LABORATÓRIO ESCOLA DE FORTALEZA-CE

Autores

  • Glautemberg de Almeida Viana
  • Antônio Eduardo de Castro Barros
  • Luciana Pereira de Araújo
  • Raissa Duarte Braga
  • Renata de Sousa Alves

Resumo

As infecções do trato urinário (ITU) estão entre as doenças infecciosas mais comuns na prática clínica e, devido a isso, muitos pacientes recorrem a automedicação, seja por fatores sociais, econômicos e culturais. Isto pode ter reflexos na eficácia do tratamento antibacteriano, devido ao desenvolvimento de mecanismos de resistência pelos microorganismos, o que representa um sério problema mundial. Por isso, o objetivo desse trabalho foi verificar a etiologia e o perfil de resistência de bactérias isoladas em uroculturas frente aos antibióticos comumente utilizados em um laboratório escola do município de Fortaleza-CE. O referido trabalho trata-se de um estudo retrospectivo, com coleta de dados no sistema de registros cadastrais do Laboratório de Análises Clínicas e Toxicológicas da Universidade Federal do Ceará, no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2020. Os resultados demonstraram que, das 163 uroculturas, 55 (33,7%) eram positivas, sendo 74,54% de pacientes do sexo feminino, com faixa etária de 9 a 99 anos. As infecções urinárias foram causadas, predominantemente, pela enterobactéria Escherichia coli (54,5%), que apresentou sensibilidade ao meropenem e à ciprofloxacina, e resistência ao ácido nalidíxico e a cefuroxima (10,22% e 9% respectivamente). Outra infecção bem evidente foi com espécies do gênero Staphylococcus (9%), que apresentou elevada resistência à eritromicina (80%) e à aztromicina (60%). O Acinetobacter baumanii (7,27%) foi o espécime isolado com maior resistência aos antibióticos: ácido nalidíxico, nitrofurantoína e cloranfenicol, com 35,7%. Pode-se concluir que os uropatógenos foram mais frequentes no sexo feminino e que o microrganismo mais isolado foi a bactéria Escherichia coli. Esta apresentou perfil de resistência a antimicrobianos, o que pode estar associado ao uso frequente destes fármacos pela população de forma empírica, para tratar as infecções do trato urinário.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

II Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação