CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL EM PACIENTES COM DOENÇA CORONARIANA CRÔNICA

Autores

  • Bianca Oliveira de Farias Braz
  • Ricardo Pereira Silva

Resumo

INTRODUÇÃO A maioria dos pacientes com doença arterial coronariana (DAC) é incapaz de controlar os fatores de risco, principalmente os que já tiveram diversos eventos coronarianos. OBJETIVO Verificar o controle da pressão arterial em pacientes com doença coronariana crônica. MÉTODO De 2 de janeiro de 2019 a 31 de julho de 2020, realizaram-se 3.668 exames de MAPA na Unicordis, clínica integrada ao Hospital São Mateus. Dentre os exames, 213 foram em pacientes com DAC estabelecida, 125 homens e 88 mulheres. Dividiu-se os pacientes em um grupo com controle terapêutico efetivo da PA e outro sem controle adequado da PA apesar da terapia medicamentosa otimizada. Compararam-se os grupos conforme: idade média, porcentagem de pacientes do sexo masculino, índice de massa corporal (IMC), porcentagem de pacientes diabéticos e porcentagem de pacientes com doença arterial obstrutiva periférica (DAOP), arritmia, insuficiência cardíaca, doença pulmonar, insuficiência renal (dialítica ou não), síndrome da apnéia obstrutiva do sono (SAOS), doença cerebrovascular, pós-menopausa e índice de tabagismo. RESULTADOS Houve controle terapêutico da PA em 54% dos pacientes, predominando no sexo masculino. Os fatores relacionados ao controle foram menor incidência de diabetes e menor presença de SAOS. Nenhum outro fator testado relacionou-se ao controle da PA. Sobre os grupos farmacológicos utilizados, predominaram betabloqueadores, com 224 pacientes, um dos grupos com melhor controle da PA (65% do controle). Nos fármacos usados ​​em monoterapia, predominaram betabloqueadores (27 vezes, com 55% de eficácia), seguidos de BRAs (26 vezes, 56% de eficácia) e de BCC e inibidores da ECA em números insignificantes. CONCLUSÕES A eficácia terapêutica anti-hipertensiva em pacientes com doença coronariana é baixa. O controle da hipertensão esteve relacionado à menor incidência de diabetes e da SAOS. Houve predomínio do uso do grupo dos betabloqueadores, um dos grupos com maior controle pressórico.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXIX Encontro de Extensão