DISTOPIA MULTIPOLAR: UMA ANÁLISE DA OBRA DE GEORGE ORWELL SOB A ÓPTICA DO MULTIPOLARISMO

Autores

  • JoÃo Pedro da Silva Lima
  • Thaís de Albuquerque Pimentel
  • Sergio Bruno Araujo Reboucas

Resumo

O presente artigo busca analisar o romance 1984, escrito pelo autor, ensaísta político e jornalista britânico George Orwell em 1948, sob uma perspectiva da Teoria do Mundo Multipolar, pensamento do cientista político russo Aleksandr Dugin e da Teoria do Fim da História de Francis Fukuyama. A obra de Orwell, cujos gêneros literários são ficção política e distopia, retrata um mundo futurístico no qual um governo totalitário, administrado pelo partido Socialismo Inglês (‘’IngSoc ou Socing’’) emergiu na Grã-Bretanha e em outras partes do mundo. O território dominado pelo IngSoc é denominado Oceânia e, embora seja gigantesco, não é o único, pois existem, no romance orwelliano, mais duas potências que dividem o mundo: a Eurásia e a Lestásia, cada uma com uma ideologia definida e rivais entre si. A partir disso, as perguntas que guiam nosso estudo são as seguintes: quais as principais características do multipolarismo presentes na obra? É possível traçar um paralelo entre a ficção política e a divisão geopolítica proposta por Dugin? A pesquisa possui natureza quantitativa e, com o método dialético, busca-se entender as possíveis correlações supracitadas. Para isso, será utilizada a técnica da análise indireta, por meio da pesquisa documental de autores nacionais e estrangeiros. É vista a relevância da temática em virtude da notável atualidade do assunto abordado pelo livro 1984 que, mesmo após anos de sua publicação, conversa com temas de grande pertinência no cenário mundial contemporâneo.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXIX Encontro de Extensão