PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO CONTÍNUA NO MONITORAMENTO DO TRATAMENTO AMBULATORIAL DE PACIENTES COM LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA NO AMBULATÓRIO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO WALTER CANTÍDIO. GRUPO DE OBSERVAÇÃO DE TRATAMENTO E ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS (GOTAH), AÇÃO INTEGRADA EM SAÚDE

Resumo

A Leucemia Mieloide Crônica (LMC) é uma doença onco-hematológica cujo tratamento de primeira linha são os inibidores de tirosina quinase (ITKs), de uso crônico. A adesão ao tratamento é fundamental para manter o paciente em remissão da doença. O ano de 2020 foi marcado por uma pandemia causada pela infecção pelo COVID-19, o que induziu a necessidade de adaptação das atividades programadas. Com base nesse novo cenário, o projeto foi realizado de forma remota tendo como principal atividade a aplicação de um questionário pré-estruturado com a finalidade de avaliar o impacto dessa pandemia no tratamento dos pacientes em acompanhamento ambulatorial no HUWC, uma vez que as doenças onco-hematológicas comprometem o sistema imunológico. O uso também de imunossupressores contribui para a predisposição de complicações. O trabalho objetiva avaliar a Percepção do impacto da pandemia sobre o tratamento de pacientes com LMC e a produção de um vídeo informativo como produto do questionário. Utilizou-se o Google Formulários para a aplicação do questionário, contendo doze perguntas relacionadas ao tema, em que o acesso aos pacientes se deu por meio do contato de telefone. Responderam ao formulário um total de 59 pacientes com LMC, sendo o Imatinibe o medicamento mais utilizado, mais da metade conhece os sintomas da infecção por COVID-19, 16,9% relataram ter contraído infecção por COVID-19, a maioria teve consulta no ambulatório, não tiverem dificuldade no recebimento dos medicamentos e não interromperam o tratamento, apesar de boa parte se sentir mais vulnerável a uma possível infecção devido à condição de saúde. Conclui-se que a aplicação do questionário proporcionou uma avaliação geral do impacto da COVID-19 sobre o tratamento de pacientes com LMC, em que a maioria dos pacientes que responderam ao questionário não tiveram seu tratamento prejudicado, ressaltando a necessidade de maior cuidado desse grupo, por ser de risco.