REINVENTANDO A LIGA DE DIREITOS HUMANOS EM UM MOMENTO DE PANDEMIA: COMO O ISOLAMENTO SOCIAL ALTEROU A DINÂMICA NA LUTA POR DIREITOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES.

Resumo

O objetivo deste trabalho é apresentar as experiências adquiridas por meio do projeto de extensão Liga de Direitos Humanos, vinculado ao Núcleo Cearense de Estudos e Pesquisas Sobre a Criança (NUCEPEC), no ano de 2020. A continuidade da atuação da Liga por meio de intervenções em uma das escolas integrantes do Fórum de Escolas do Grande Bom Jardim, iniciada em anos anteriores, por meio de grupos de discussão de temáticas pertinentes em relação aos direitos humanos e contextualizados com a narrativa dos alunos, foi interrompida, em decorrência isolamento social como prevenção à pandemia de COVID-19. Portanto, o projeto, urgindo por uma reimaginação, adaptou-se criativamente à situação por meio de uma nova forma de disseminação de conhecimento. Para superar a dificuldade imposta pela ausência das atividades presenciais, a Liga de Direitos Humanos intensificou suas atividades em ambiente virtual,por meio da realização de uma série de podcasts destinados a discussão de temas ligados a garantia de direitos de crianças e adolescentes, como o Movimento Infância e o Estatuto da Criança e do Adolescente, assim como, a difusão sobre as experiências de membros do projeto em relação a suas vivências. A produção desses materiais contou com o esforço de todos os membros participantes da Liga e a participação de convidados que agregaram conhecimento à discussão. Além disso, os grupos de estudo e discussão, que servem de aporte aos membros do projeto, fornecendo referenciais teóricos e suporte aos debates, foram remodelados para o ensino remoto, passando a ocorrer semanalmente em salas de reunião online, contando com o estudo conjunto de livros como: Juventudes em Movimentos: Experiências, redes e afetos, produzido a partir do VII simpósio internacional sobre a juventude brasileira (JUBRA); e Políticas de vulnerabilização social e seus efeitos. essa novo modelo, adaptado ao contexto, possibilitou o surgimento de novas ferramentas de luta pelos direitos de crianças e adolescentes.