RESGATE E VALORIZAÇÃO DO USO DA ARARUTA EM PREPARAÇÕES ALIMENTÍCIAS

Autores

  • Amanda Moura Barbosa
  • Alessandra Pinheiro de Goes Carneiro

Resumo

O presente trabalho busca apresentar a araruta, uma planta cujo rizoma tem fécula branca que é alimentícia e possui grande funcionalidade na gastronomia. O plantio e o resgate do seu consumo são também temáticas importantes dentro deste trabalho, ao passo que a hortaliça possui importância na biodiversidade nordestina. Nesse ínterim, um dos objetivos do projeto é incentivar a comercialização de produtos advindos desta iguaria, como a farinha, bolos e biscoitos. Além disso, a araruta possui grande potencial gastronômico e a escolha deste rizoma como estudo, é porque a araruta está presente na cultura alimentar cearense, que vai desde o litoral leste (Cascavel e Beberibe) até a região do cariri (Crato e Juazeiro).O grupo CETRA(Centro de Estudos do Trabalho e Assessoria ao trabalhador), juntamente com o curso de gastronomia da Universidade Federal do Ceará, salientam a importância de resgatar o uso desse alimento, pois a araruta apresenta-se, como um produto viável para quem tem intolerância ao glúten. Antigamente ela esteve presente em parte nas cozinhas brasileiras domesticas servindo como base para bolos, biscoitos e mingaus. Sua fécula já foi industrializada e o seu desuso, pode estar atrelado ao cultivo de mandioca em larga escala que tem ampla aceitação. O amido da araruta foi sendo gradualmente substituído pelo da mandioca, porém não apresenta as mesmas características que é fácil digestibilidade e capacidade de gelatinização. Bezerra (2013) considera que as práticas alimentares tradicionais são objeto de estudo nas pesquisas preocupadas em valorizar técnicas e saberes existentes salvaguardando também tabus, restrições ou hierarquias presentes na cultura alimentar de algum grupo. Isso se deve a chegada de produtos industrializados de fácil acesso e consumo que afasta, desvaloriza e enfraquece a cultura dos alimentos naturais e tradicionais principalmente para jovens que estão deixando de seguir a herança laboral da agricultura de seus pais.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXIX Encontro de Extensão