POETAS EM EVOLUÇÃO: VIVÊNCIAS COM O USO DO CORDEL NO ENSINO DE BIOLOGIA

Autores

  • Dayane de Paula Pluma
  • Kaio César Bandeira da Rocha
  • Isadora Alexandre Rodrigues
  • Carlos Henrique de Sousa Pereira
  • Arlindo Gomes Viana Neto
  • Jose Roberto Feitosa Silva

Resumo

Nós bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) subprojeto Biologia, desenvolvemos atividades, no formato remoto, na escola de Ensino Médio de Tempo Integral Hermino Barroso. Uma das atividades propostas foi a coordenação de uma disciplina eletiva, sob a orientação do supervisor do programa, na escola. Nós optamos pela escolha "Cordel no Ensino de Biologia", com a finalidade de desenvolver o aprendizado lúdico, o resgate cultural, promovendo habilidades no decorrer das aulas como: compreender, assimilar, sensibilizar, propiciando um ensino inovador nesses tempos de isolamento. Assim, trabalhamos em módulos, sendo discutidos, refletidos e construídos à medida que íamos ministrando as aulas. No primeiro módulo, abordamos a estrutura do Cordel. No segundo, apresentamos o primeiro tema Caatinga, pois além de trazer uma conexão cultural com as narrativas, é também conteúdo abordado na disciplina biologia. Com a flexibilidade que a eletiva proporcionou para nós, bolsistas, sugerimos que os alunos escolhessem o terceiro módulo. Dessa maneira, eles preferiram o tema Biologia Celular. Durante as atividades foi solicitado aos estudantes que produzissem cordéis com os temas ministrados à medida que foram sendo abordados. Selecionamos uma estrofe para evidenciar a assimilação que eles obtiveram no processo. “Caatinga é um bioma/ Que se encontra no sertão/ Devido chover pouco/ O sol quente racha o chão/ Uma terra muito quente/ Um lugar de solidão”. Com isso, o cordel possibilitou um resgate cultural regional, auxiliando no processo de leitura e interpretação do seu espaço, trazendo a leitura do mundo para a leitura da Biologia. Portanto, os alunos gostaram de elaborar os cordéis evidenciando que essas atividades proporcionaram uma fuga poética nesses tempos pandêmicos e nos aproximando da abordagem freireana da educação em que a leitura do mundo precede a leitura da palavra, em que as vivências dos alunos construíram o aprendizado em Biologia.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XV Encontro de Práticas Docentes