MODELO DE INFECÇÃO NA ORELHA COM LEISHMANIA ASSOCIADA COM SALIVA DE FLEBOTOMÍNEO EM CAMUNDONGOS BALB/C: EXACERBAÇÃO E MIMETIZAÇÃO DA LEISHMANIOSE CUTANEA HUMANA

Autores

  • Stephany Silva Sales
  • Maria Jania Teixeira

Resumo

A leishmaniose é uma doença infecto-parasitária amplamente distribuída nas regiões tropicais e subtropicais do planeta. É considerada um problema de saúde pública, sendo endêmica em 102 países do Velho e Novo Mundo. Sua transmissão ocorre através da picada do inseto flebotomíneo fêmea infectada. Durante seu repasto sanguíneo, o inseto pica o novo hospedeiro e inocula as formas promastigotas infectantes do parasito junto com a sua saliva. Ao entrarem no hospedeiro vertebrado, o parasito sofre modificações, passando para a forma amastigota, intracelular obrigatória, e ocupando o vacúolo parasitóforo de células fagocíticas, em sua maioria macrófagos. As atividades tiveram duração de 3 meses, do período de 24/05/2021 a 30/08/2021. Foram usados 64 camundongos fêmeas da linhagem BALB/c provenientes do Biotério do Departamento de Patologia e Medicina Legal da Universidade Federal do Ceará. Os animais foram infectados com uma solução contendo Leishmania spp associada ao lisado de glândula salivar de flebotomíneo, na derme da orelha direita. Os camundongos desenvolveram lesões necróticas únicas no local da inoculação. As lesões exacerbadas são resultado da resposta imunológica do hospedeiro vertebrado, modulada por substâncias presentes na saliva, conta o patógeno. Esses componentes têm ação vasodilatadora, anticoagulante, antiplaquetária e imunomoduladora. Alteram a resposta imunológica a ponto de deixá-la mais suscetível ao patógeno e torná-la mais exacerbada, observada pelo aparecimento das lesões. A pesquisa mostrou a importância do vetor no estabelecimento e intensificação da infecção por Leishmania.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

V Encontro de Estágios