VIEWPOINTS: A RELAÇÃO COM O ESPAÇO, O TEMPO E O OUTRO NA FORMAÇÃO DO ARTISTA-PESQUISADOR-DOCENTE

Resumo

Este trabalho aborda, de forma sintetizada, alguns preceitos básicos dos Viewpoints e as suas contribuições e influências no treinamento do ator, partindo dos estudos teóricos-práticos realizados pelo Grupo de Estudos Janelas dentro do projeto “Corpo e Espaço: uma improvisação aberta para o mundo” do Programa de Promoção da Cultura Artística (PPCA). Criada por Mary Overlie, em 1970, e aprimorada por Anne Bogart e Tina Landau, a técnica dos Viewpoints identifica e subdivide os diferentes pontos de vista presentes no meio de atuação do artista como, por exemplo, no palco de Teatro, sendo eles: Viewpoints de Tempo (Andamento, Duração, Resposta Cinestésica e Repetição) e Viewpoints de Espaço (Forma, Gesto, Arquitetura, Relação Espacial e Topografia). Inicialmente, o projeto propunha a constituição de um grupo fixo formado por estudantes do curso de Teatro-Licenciatura da Universidade Federal do Ceará, sendo um deles o bolsista remunerado e os demais, bolsistas voluntários, e orientado por seus dois coordenadores, Renata Kely da Silva e Tiago Moreira Fortes, também professores do curso, com o intuito de desenvolver experimentações práticas e presenciais a partir da técnica dos Viewpoints. No entanto, nos meses iniciais de 2021, o agravamento da Pandemia ocasionada pelo Coronavírus impossibilitou quaisquer encontros presenciais, forçando o estudo dos Pontos de Vista para o ambiente remoto durante certo período e lançando todos os integrantes do Janelas, incluindo os coordenadores, em um caminho incerto e ainda por ser explorado. É possível aplicar o estudo dos Viewpoints de forma virtual? Quais dificuldades e limitações nós encontramos? Quais as diferenças percebidas entre a investigação presencial e a investigação remota? Que aprendizados e acréscimos surgiram na formação docente e artística dos integrantes do grupo de estudos? Esses e muitos outros questionamentos perpassam e fundamentam o trabalho aqui resumido.