A CONTRIBUIÇÃO DO SUPORTE PSICOLÓGICO PARA A ADESÃO AO TRATAMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES: UM RELATO DE CASO

Autores

  • Gabriella Costa Nogueira Vieira
  • Letícia Maria Peres de Medeiros
  • Parla Maigath Leite Sousa Araújo Farias
  • Jose Lucivan Miranda

Resumo

O Ambulatório de Psiquiatria da Infância e Adolescência (AMPIA) do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) realiza atendimentos a crianças e adolescentes com demandas de saúde mental, a partir do encaminhamento da atenção primária à saúde. Nesse contexto, pretende-se refletir sobre a importância do suporte psicológico para a continuidade do tratamento. Para isso, acompanhou-se, através da Liga de Neurologia e Psiquiatria Infantil (LINEPI), os atendimentos realizados semanalmente no AMPIA e selecionou-se o caso clínico de um adolescente do sexo masculino e idade de 18 anos cujo tratamento foi interrompido três vezes no ano de 2019 e retomado em agosto de 2021, tendo sido inicialmente encaminhado para avaliação neuropsicológica devido a dificuldades na aprendizagem e na atenção, associados a sintomas depressivos. Na anamnese, foram percebidas questões relacionadas à relação entre a mãe e o filho que precisariam ser trabalhadas antes do início da avaliação, tendo em vista a influência da dinâmica familiar para a adesão ao tratamento, como constatado por relato da mãe sobre a possibilidade de interrupção por não observar melhoras. Assim, foram realizados atendimentos psicológicos com o intuito de compreender o contexto do paciente e o seu relacionamento com a mãe para, a partir disso, orientar acerca de intervenções, tal como incentivar o engajamento materno nesse processo, reforçando-se a importância de mudanças no cotidiano como a inserção de limites e de atividades de ocupação e lazer. Desse modo, após o suporte psicológico e a orientação parental fornecidos, o adolescente deu início à avaliação neuropsicológica no dia 02 de setembro de 2021. Constatou-se, portanto, a importância do atendimento psicológico para o entendimento do sujeito e das suas relações familiares, de modo a possibilitar um trabalho de psicoeducação que favorecesse a adesão do paciente e o engajamento materno, ambos fundamentais para a continuidade do tratamento.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXX Encontro de Extensão