APLICAÇÃO EXPERIMENTAL PELO FISIOTERAPEUTA DERMATOFUNCIONAL DA TOXINA BOTULÍNICA
Resumo
A utilização de modelos animais para o estudo de morbidades e mecanismos fisiopatológicos em humanos e seus resultados são úteis para o esclarecimento da progressão de uma patologia. A toxina botulínica do tipo A atua eficientemente no relaxamento de músculos hiperativos, no reflexo de estiramento medular, no bloqueio da liberação de peptídeos relacionados com a dor e sobre o sistema nervoso autônomo, sendo fundamental que o fisioterapeuta domine esses conhecimentos. Essa pesquisa objetivou treinar a aplicação da toxina botulínica tipo A a nível experimental pelo fisioterapeuta dermatofuncional. Foi realizada uma pesquisa experimental com dois grupos de camundongos swiss (Mus muscullus) (n=6 cada). A conduta foi realizada no Laboratório de Experimentação da Universidade Federal do Ceará aprovado no CEP sob o número 75/21. Os animais foram previamente anestesiados com xilazina (20mg/ml) e cetamina (50mg/ml) via intraperitoneal na dose de 0,2ml por animal. O grupo controle recebeu soro fisiológico (SF) NaCl estéril a 0,9% e o grupo de tratamento recebeu 1U da toxina botulínica tipo A (50U diluída em 100ml de SF estéril a 0,9%) via intramuscular em quadríceps direito dos animais. Foi utilizado teste de hiperalgesia mecânica plantar (Von Frey) e o teste de atividade motora forçada (Rota Rod) antes e após as aplicações. Quanto aos resultados, em relação à sensibilidade, não houve significância estatística na análise dos grupos antes e após as aplicações de toxina, mostrando que o uso da toxina botulínica tipo A não altera a sensibilidade. Já na análise da atividade motora, houve significância estatística (p<0,001) ao analisar os grupos antes e após as aplicações de toxina, demostrando que o uso da toxina botulínica tipo A paralisou a musculatura no grupo tratado. Assim, concluiu-se que o treinamento para uso da toxina botulínica a nível experimental obteve sucesso, indicando a aplicação clínica pelo fisioterapeuta dermatofuncional em estudos posteriores.
Publicado
2021-01-01
Edição
Seção
XXX Encontro de Extensão
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