APROVEITAMENTO INTEGRAL DOS ALIMENTOS: UMA RESPOSTA AO DESPERDÍCIO

Resumo

O desperdício de alimentos, quando comparado ao gás carbônico, é o terceiro maior responsável pela emissão de gás metano, segundo relatório da FAO de 2013. Esse desperdício ocorre em razão do desconhecimento de práticas que diminuam o mesmo, como o aproveitamento integral de alimentos. Vale ressaltar que, o aproveitamento integral também é um exercício de cidadania entre o homem e o meio ambiente, além de carregar um valor cultural. Esse estudo surgiu dentro do Programa de Extensão do Bacharelado em Gastronomia, o Gastronomia Social, com propósito de analisar meios para reduzir o desperdício de comida dentro do Instituto da Primeira Infância – IPREDE; e teve como objeto de estudo o aproveitamento integral dos insumos que são doados para a instituição por uma rede de supermercados e utilizar habilidades gastronômicas que proporcionem a versatilidade do processo de aproveitamento. Assim, a presente pesquisa encontra-se na primeira fase que é o estudo bibliográfico, avaliando vantagens e desvantagens dos conceitos, técnicas que podem ser utilizadas e métodos que permitem melhorar a aceitabilidade junto à sociedade através do estudo de fichas técnicas. Comumente, os vegetais são os que mais sofrem desperdício e podem ser divididos em até seis partes: cascas, entrecascas, folhas, talos, sementes e polpas. Infelizmente, tais partes não são utilizadas na sua totalidade resultando em desperdício, ou seja, componentes ricos em nutrientes que não são aproveitadas como, por exemplo, a rama da cenoura que é rica em vitaminas A e C; fibras e folha da beterraba que é fonte em vitamina A; e sementes que contém potássio na sua composição (MESA Brasil, SESC, 2016). Portanto, o aproveitamento integral dos alimentos tem relevância não só para o combate ao desperdício, mas também para o aproveitamento nutricional e para a diversidade no prato, sendo um grande aliado no combate à desnutrição e para a sustentabilidade do meio ambiente.