DESENVOLVIMENTO DE CALÇADOS INCLUSIVOS: PERSPECTIVA DE ANÁLISE DAS MARCAS E PROJETO DE EXTENSÃO
Resumo
Os primeiros calçados encontrados tiveram sua origem no período neolítico, após o homem perceber a necessidade do seu uso para proteção dos pés. Ao longo do tempo os calçados foram passando por modificações, novos materiais e formatos. Estes também tiveram evolução na sua significação, pois além da função de proteger, passaram a representar status e usados como item diferenciador de classe. Contudo, nem todas as pessoas têm seus desejos e necessidades nos calçados atendidas, com “variações formais para fins funcionais diferentes” (CONDE, 2004, p. 8). Uma doença, a Hanseníase, antes conhecida como lepra, é atrelada a estigma e preconceito sofridos pelos acometidos além das sequelas que acarreta, dentre elas, alterações nos membros, sobretudo nos inferiores (BRASIL, 2019). Em atividade desde 2018, o Projeto de Extensão Design Inclusivo - desenvolvimento de calçados para pessoas atingidas pela hanseníase e/ou com deficiência, dos Centros de Convivência Antônio Diogo (CCAD), Antônio Justa (CCAJ) e Centro de Referência em Dermatologia Sanitária Dona Libânia (CDSDL), desenvolveu calçados, aliando Saúde e Design mediante às especificidades de cada usuário. Esse trabalho objetiva abordar o desenvolvimento de calçados inclusivos na perspectiva multi, inter e transdisciplinar. A metodologia se deu por meio de pesquisa bibliográfica, documental e descritiva, que incluiu aplicação do questionário de abordagem e expectativa onde se buscou investigar as características físicas e psicoemocionais, necessidades e desejos dos usuários. Alguns resultados apontam as formas e os materiais usados nos calçados inclusivos feitos na atualidade por algumas marcas. Tem-se, também, os protótipos feitos no projeto de extensão antes da pandemia do COVID 19. Conclui-se que a abordagem realizada sobre as marcas e os materiais buscou embasamento necessário acerca da concepção e desenvolvimento do Calçado inclusivo, visando proporcionar inclusão, autonomia e reinserção social.Publicado
2021-01-01
Edição
Seção
XXX Encontro de Extensão
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