ENSINO SEMIOLÓGICO À DISTÂNCIA E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA OS ATENDIMENTOS AMBULATORIAIS NO CICLO CLÍNICO

Autores

  • AndrÉ Marinho Paiva Nogueira
  • José Lopes Tabatinga Neto
  • Thiago André Gomes Costa Pereira
  • Pedro Robson Sousa Vieira
  • Deborah Marinho Paiva Nogueira
  • Francisco de Assis Aquino Gondim

Resumo

INTRODUÇÃO: Cumprir a programação letiva e enfrentar a pandemia do SARS-CoV-2 exigiu a utilização do modelo de ensino à distância (EAD) para suprir as demandas de aprendizado. Nesse contexto, questiona-se a percepção de estudantes quanto ao potencial desse modelo na disciplina de semiologia e a possíveis desafios enfrentados. OBJETIVO: Avaliar a experiência de retorno aos atendimentos presenciais de estudantes que passaram pela disciplina de semiologia no 4º semestre da graduação médica, no formato EAD, EAD/presencial e plenamente presencial. METODOLOGIA: Aplicação de perguntas objetivas via questionário na plataforma Google Forms para graduandos do 5º ao 8º semestre de Medicina da UFC. RESULTADOS: Foram obtidas 39 respostas, das quais 17 (43,6%) de estudantes do 5º semestre, 9 (23,1%) do 6º, 3 (7,7%) do 7º e 10 (25,6%) do 8º semestre. 20 (51,3%) assistiram às aulas de semiologia de forma EAD e presencial, 13 (33,3%) de maneira plenamente presencial e 6 (15,4%) de modo totalmente EAD. 28 (71,8%) participantes afirmaram que as aulas à distância não foram suficientes para suprir o conhecimento necessário para conduzir um atendimento. Entre os fatores impeditivos foram encontrados: “Ausência de prática com paciente” (48,7%), “Ausência de treinar a entrevista” (12,8%) e “Defasagem nas discussões com discentes/docentes” (7,7%). 12 (30,8%) participantes não encontraram dificuldades na transição para o ciclo clínico. Por fim, 34 (87,2%) participantes afirmaram não ser possível desenvolver, efetivamente, habilidades médicas de condução de uma entrevista semiológica com atividades não presenciais, contra 5 (12,8%) que responderam sim. CONCLUSÃO: O modelo EAD aplicado foi percebido com resistência pela maioria dos participantes e a ausência de contato com os pacientes foi o principal fator referido como prejudicial ao aprendizado semiológico. Houve, contudo, respostas favoráveis ao potencial de ensino do EAD que revelam otimismo quanto ao ensino médico online.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXX Encontro de Extensão