EXISTE INFLUÊNCIA DA QUALIDADE DE VIDA NA CAPACIDADE FUNCIONAL EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA?

Autores

  • Kettleyn Alves Paiva
  • Iasmin Cavalcante Araújo Fontes
  • Georgia de Melo Castro Gondim
  • Almino Cavalcante Rocha Neto
  • Natália Virgínia da Silva Castro
  • Daniela Gardano Bucharles Montalverne

Resumo

INTRODUÇÃO: A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma síndrome que afeta a atuação do coração como bomba, ou seja, afeta a sístole e/ou a diástole, o que leva ao comprometimento do funcionamento do corpo. Diante disso, algumas consequências podem se manifestar, como a intolerância ao exercício e diminuição da capacidade funcional, afetando assim a qualidade de vida do indivíduo e suas participações na sociedade. OBJETIVO: Verificar se existe influência da qualidade de vida na capacidade funcional em pacientes com insuficiência cardíaca. METODOLOGIA: Estudo transversal, descritivo e analítico, com abordagem quantitativa com pacientes portadores de IC atendidos pela Liga de Fisioterapia Cardiovascular no Hospital Universitário Walter Cantídio no período de maio à julho de 2021. Foi aplicado inicialmente um questionário com dados sociodemográficos e dados referentes à condição de saúde. A qualidade de vida (QV) foi avaliada utilizando o questionário de Minnesota e a capacidade funcional foi verificada pela aplicação do questionário de Duke Activity Status Index (DASI) e pelo teste da caminhada dos 6 minutos (TC6). O nível de significância adotado foi de 5% (p < 0,05). RESULTADOS: Foram avaliados 39 indivíduos, com média de idade de 62±14 anos, sendo a maioria do sexo masculino (59% n=23). A média da qualidade de vida foi de 44,2 ± 24,7. No DASI a média verificada foi de 28,48 ±15,38 MET e no TC6 foi verificado uma redução de 12% na distância percorrida quando comparada a esperada (p=0,023). Quando realizado as correlações foi verificado que existe uma correlação fraca e inversamente proporcional entre a QV e o DASI (r= -,313, p=0,049) e não existe correlação entre a QV e o TC6 (r= -,301, p=0,100). CONCLUSÃO: Foi observado que quanto pior a qualidade de vida maior é a dificuldade referida de atividade física no questionário DASI, entretanto, o mesmo não foi observado quando o paciente é submetido realmente ao teste funcional.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XXX Encontro de Extensão