IDOSOS E A PARTICIPAÇÃO DOS MESMOS NOS MEIOS DIGITAIS: UMA ANÁLISE DE VIVÊNCIAS

Resumo

O “Projeto UFC e a Comunidade” está no seu 5° ano e vem buscando desde o início da pandemia a adaptar-se à nova realidade e entender sobre os impactos que ela causou na vida de artesãos da terceira idade do grupo Brilho da Lua, residentes da periferia de Fortaleza/CE, que buscam aprender ao uso de tecnologias e formas de comunicação digitais. Reis (2020, p. 9) enfatiza que mesmo com grandes avanços nos direitos à educação de idosos, ainda existe uma falta de acesso expressiva por pessoas dessa faixa etária à internet e à informática, somado a isso, a quarentena provocada pela COVID-19 realçou mais ainda essa realidade. Com base nas afirmações anteriores, neste ano o projeto teve o foco em analisar os reflexos que a mudança de atividades em grupo feitas da forma presencial para o modo remoto impactou à vida dos cursistas. Para coleta e análise de dados utilizou-se a metodologia qualitativa, tendo como base os relatos de experiências com os participantes atuais do projeto. Os entrevistados participaram através de entrevistas pessoais online, com perguntas abertas sobre a experiência individual dos mesmos em como a pandemia vem impactando na vida pessoal, profissional e educacional deles. Constatou-se então com os relatos dessas pessoas que a pandemia de fato impossibilitou muito do acesso que elas tinham com a educação, grupos de amigos e outras formas de contatos pessoais. Muitas são as causas, indo de dificuldade ao manuseio do seu celular, falta de concentração, problemas de saúde e pessoais, além da preferência por momentos presenciais pelo maior grau de amparo que pode ser oferecido aos mesmos, porém também foi apontado que as oficinas de educação digital disponibilizadas anteriormente pelo projeto vem ajudando alguns dos cursistas entrevistados no uso de ferramentas digitais e outros meios de comunicação tão importantes atualmente. Diante disso, entende que a educação digital e geral para a população de terceira idade deve continuar sendo tratada como essencial.